Lílian de Sá (*) e Nicolas Viana (**)
Gerenciar as obrigações fiscais em um setor tão dinâmico como o varejo é algo essencial e, ao mesmo tempo, desafiador.
Isso é, fatores como a complexidade da legislação, bem como as obrigatoriedades pertinentes a cada vertente dentro do segmento, fazem com que manter as operações em conformidade e otimizar processos sejam funções que demandam o uso de recursos avançados e especializados – dentre os quais, está a tecnologia.
O setor varejista, sem dúvidas, está entre os mais competitivos. Em dados divulgados pelo IBGE, como exemplo, as vendas do segmento, em janeiro de 2024, registraram o maior patamar da série histórica iniciada em 2000. Na comparação com o mesmo mês em 2023, houve uma alta de 8,2%, contra a projeção de ganho classificada em 3,3%.
Embora, neste ano, o varejo tenha a tendência de se beneficiar por diversos fatores, desde o aquecimento do mercado de trabalho até o controle da inflação, ainda assim, os profissionais do segmento devem estar atentos em executar melhorias constantes nos processos e estratégias, com foco em manter a eficiência operacional, redução de custos e, sobretudo, aprimorar a experiência do cliente.
Isso é, diferentemente de outros setores, o varejo lida com uma volumetria muito alta de processos, tais como emissão de notas, gestão de compra e vendas, transportes, cupons fiscais, entre outras atividades que regem o dia a dia. Todas essas atividades precisam ser monitoradas e apuradas mensalmente, a fim de cumprir os prazos de entregas e envios, evitando não conformidades.
Certamente, executar todas essas tarefas manualmente é algo inviável, tendo em vista que pode colocar em risco a operação e deixar ainda mais suscetível a chance de erros e falhas.
Para evitar esses riscos, a tecnologia se mostra extremamente importante, pois tem a capacidade de ajudar no gerenciamento dessas atividades com maior fluidez e assertividade, auxiliando o setor a exercer uma gestão fiscal eficiente.
Atualmente, existem no mercado diversas ferramentas que asseguram cumprir esses objetivos. No entanto, na hora de escolher uma solução, é fundamental averiguar se o produto dispõe de uma interface com máxima capacidade de armazenamento de dados e funções.
Também, verificar se é oferecido todo o suporte que permita abrir chamados, adequação às constantes mudanças que regem o sistema fiscal e tributário, forneça análises profundas, automatize funções e que, principalmente, tenha a capacidade de lidar com os períodos de altas e baixas no comércio.
Esse cuidado deve ser ainda mais rigoroso em se tratando de supermercados, os quais, segundo o IBGE, são uma vertente que tem tido pouquíssimas variações nos últimos meses; além do e-commerce, que vem liderando a preferência de clientes e costuma sofrer altas em épocas comemorativas como, por exemplo, a Black Friday.
Sendo assim, é crucial que o varejo, desde já, busque implementar uma solução efetiva que auxilie em todos os processos, garantindo sua sobrevivência em uma disputa cada vez mais acirrada.
Para isso, é necessário implementar certas mudanças que não devem ser realizadas sozinhas, ressaltando a importância de contar com o apoio de uma consultoria especializada e que acompanha todo as alterações do ponto de vista fiscal e legislativo.
Seja grandes, médios ou pequenos empreendedores, o varejo tem uma árdua missão de realizar operações em conformidade, não apenas para fins obrigatórios, mas também para assegurar sua vantagem competitiva.
E, considerando que este é um setor que nunca dorme, implementar medidas eficazes é o que irá garantir que continue despontando como um dos mais promissores segmentos do mercado e, assim, se sobressaia frente a períodos de crise.
(*) – É Mentora e Consultora 4tax-Fiscal da Seidor (https://www.seidor.com/pt-br). (**) – É Head dos Módulos Inbound, FCI e IVA da Suíte Fiscal 4tax Seidor.