A Confederação Nacional do Comércio (CNC) revisou de +2,0% para +1,7% a expectativa de crescimento do volume de receitas do setor de serviços em 2019, tendo como base resultado da pesquisa de serviços, divulgada pelo IBGE na sexta-feira (12), que indica queda de 0,4% no volume de receitas do setor de serviços em fevereiro, na comparação com janeiro.
Para a Confederação, os resultados de curto prazo evidenciam a fragilidade da recuperação do nível de atividade econômica, especialmente considerando-se que as atividades pesquisadas respondem por aproximadamente 1/3 do PIB. “O ritmo das atividades do setor de serviços se fundamenta na lenta regeneração do mercado de trabalho. A contar pelo resultado desse primeiro bimestre, ainda não se pode prever um cenário de recuperação nos serviços”, explica o economista da CNC, Fabio Bentes.
O destaque negativo nessa base comparativa foi o setor de transportes, que recuou 2,6% em relação a janeiro, contrastando com a prestação de serviços de informática e comunicação. Este, por sinal, foi o único dos cinco subgrupos de atividades a registrar variação positiva este mês, cujo resultado foi +0,8%. Dos dez itens que mais pressionaram o IPCA nos últimos 12 meses encerrados em fevereiro, sete são serviços.
São eles: preços da energia elétrica, que subiram +15,5%; planos de saúde, com alta de +10,6%; e tarifas de ônibus urbanos, que tiveram alta de 7,3%. Juntos, esses três itens respondem por 10,4% dos gastos mensais das famílias brasileiras e representaram quase a metade da inflação acumulada no período (AI/CNC).