Derrotado nas urnas, Ciro Gomes embarcou para o exterior na quinta-feira (11), para viajar com a família, e deve ficar fora do País por até duas semanas.
Os planos frustram as investidas do PT, que fez acenos ao candidato derrotado no intuito de trazê-lo para dentro da campanha petista no segundo turno das eleições.
Ao contrário do que esperava a campanha de Fernando Haddad, Ciro não vai chefiar a equipe do programa econômico do petista. A ideia é que o pedetista não suba no palanque com Haddad, muito menos faça fotos para indicar o “apoio crítico”, aprovado em reunião da Executiva nacional do PDT na quarta-feira (10). O PT pretendia insistir com Ciro para que ele integrasse a coordenação da campanha de Haddad. Nos bastidores, o convite era tratado como um primeiro passo para Ciro assumir um ministério em eventual governo Haddad.
Na campanha petista, o nome dele foi citado para comandar o Planejamento ou a Fazenda. Para se distanciar do PT, o presidente do PDT, Carlos Lupi, se antecipou e disse que o partido vai lançar Ciro Gomes como candidato para 2022, já após o fim do segundo turno. “Não faremos nenhuma reivindicação (junto ao PT). Será um voto claro sem participação na campanha e com a certeza de que não participaremos de nenhum governo, mesmo se Haddad ganhar a eleição. Vamos começar a construir agora 2022”, afirmou.
Outra forma de mandar sinais negativos ao PT foi anunciar que o PDT, independentemente de quem vença, estará na oposição em 2019. O motivo da resistência do PDT em se aproximar da campanha de Haddad foram os “ataques” que os petistas fizeram à candidatura de Ciro Gomes, durante o processo eleitoral (AE).