Vista como uma ferramenta de fidelização de clientes, as marcas próprias ganharam qualidade e participação no total de vendas do varejo, já que se tornou uma opção para os consumidores que buscam novas estratégias para administrar melhor o orçamento com as despesas básicas.
De acordo com a Scanntech, líder em inteligência de dados para o varejo, 65% do faturamento dos supermercados vem de categorias que possuem marca própria – já que oferecem uma margem de lucro maior e contribuem para o crescimento sustentável do negócio. Em 2023, o faturamento de categorias que contemplam private labels cresceram +7,6% em comparação a 2022 de janeiro a setembro.
O estudo analisou o desempenho das marcas próprias do varejo alimentar, que é quando um supermercado, por exemplo, encomenda um produto de uma indústria ou fornecedor que o produz e esse produto é oferecido ao cliente final sob seu nome ou marca registrada. Isso não significa que o fabricante não seja o mesmo que as marcas líderes, e sim que o produto oferecido apenas leva uma marca própria.
No olhar macro do varejo (players com ou sem marcas próprias) as cestas com maior participação de Marcas Próprias sãs as cestas de de perecíveis (peixes, frango, carnes frescas) e mercearia básica (arroz, feijão, óleo, sal) de 2,5% e 3,1%, respectivamente. Essa participação sobe muito quando a pesquisa foca somente nos supermercados e atacarejos que investem em private label, subindo a participação em vendas para 10,8% e 9,8%.
Dentro da cesta de perecíveis, em 2023 um bom dado relacionado a marcas próprias chama a atenção, na comparação com o ano anterior, as vendas delas foi 26,8% maior, superando o crescimento de 15,7% das demais. Em relação ao preço, o estudo aponta que, em média, a variação dos valores dos privates labels com as demais foi o mais do que o dobro, sendo 22,2% contra 10,8%.
Apesar de produtos como biscoito, sabão, chocolate, suco, papel higiênico, iogurte entre outros serem bastante relevantes para o varejo, , as marcas próprias ainda não são pouco desenvolvidas, mostrando portanto, um forte potencial de desenvolvimento.
E se você notou nas prateleiras dos supermercados um aumento de itens desse tipo saiba que não é por acaso. Grandes redes varejistas do Brasil e do mundo enxergam nesses produtos uma excelente estratégia de negócio. Isso porque as Marcas Próprias oferecem preços menores do que as marcas líderes, sendo uma alternativa viável aos consumidores em tempos de crise.
Para Mario Ruggiero, diretor da Scanntech, a marca própria apresenta um crescimento superior porque o maior consumo nas residências faz com que os consumidores busquem alternativas mais econômicas sem abrir mão da qualidade. “Cada vez mais grandes varejistas e indústria estão firmando parcerias para oferecer produtos próximos da qualidade das marcas líderes sendo também uma ferramenta de awareness da marca varejista consolidando um público fiel”, explica. Saiba mais: (https://scanntech.com.br).