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Bolsonaro: reforma administrativa vai contemplar “números e pessoas”

em Destaques
sexta-feira, 03 de janeiro de 2020

O presidente Jair Bolsonaro disse na sexta-feira (3) que não há prazo para o envio da reforma administrativa ao Congresso. Disse que ainda falta um “polimento” final na proposta. A expectativa é que o texto avance em uma nova reunião com sua equipe de governo nos próximos dias. Uma das preocupação é tratar o tema com mais sensibilidade, pois não pode estar limitado a números porque esbarra na situação de pessoas que compõem o serviço público no país.

“Queremos uma reforma administrativa que não cause nada de abrupto na sociedade. Não dá para a gente consertar calça velha com remendo de aço. Alguma coisa será remendo, outra será reforma”, disse Bolsonaro, ao afiançar que os ajustes finais vão unificar o que pretende a equipe econômica e o que ele quer, na condição de governante. “Acho que já amadureceu o que a equipe econômica quer. Às vezes há problema de entendimento porque eles veem números e a gente vê número e pessoas”.

“A reforma administrativa tem que ser dessa maneira. Não vai atingir 12 milhões de servidores. A reforma é daqui para a frente. Mas como essa mensagem vai chegar junto aos servidores? Temos de trabalhar primeiro a informação para depois nós chegarmos a uma decisão”, acrescentou.

Perguntado sobre o Fundo Eleitoral, ressaltou que se trata de uma decisão de 2017, prevista em lei. Ele afirmou ser “escravo da Constituição” e disse que, como presidente, tem que executar as leis e buscar hamonia entre os Poderes. “O valor [do Fundo) tem de estar de acordo com a legislação, e assim o fez o TSE. Não vi ninguém ser contra o Fundão em 2017. A imprensa inclusive apoiou dizendo que ia acabar com a interferência da iniciativa privada [nas eleições]”, disse (Abr).