O presidente eleito Jair Bolsonaro disse na sexta-feira (9), nas redes sociais, que não é da sua equipe a proposta de reforma da Previdência que estabelece um aumento do tempo de contribuição para aposentadoria integral, elevando o prazo para 40 anos.
Ele também negou a autoria da criação da alíquota de 22% para o INSS.
“Não são de nossa autoria como tentam atribuir falsamente”, destacou.
Ao longo da semana, em que passou a maior parte dos dias em Brasília, Bolsonaro tratou do assunto com parlamentares, integrantes da equipe de transição e com o próprio presidente Temer. A ideia é tentar garantir a aprovação, ainda este ano, de alguns pontos “possíveis” pelo Congresso. Ele chegou a defender a fixação da idade mínima de 61 anos para os homens e 56 para mulheres. O economista Paulo Guedes acredita que se houver avanços até dezembro, o futuro governo pode aprofundar outras questões mais polêmicas a partir de 2019, como a que trata da idade mínima.
Em meio a dificuldades pela falta de consenso no Congresso Nacional, Bolsonaro indicou que a negociação passa por buscar a aprovação de medidas que não alterem a Constituição. Assim, fica assegurada, como consequência, a intervenção federal no Rio de Janeiro até 31 de dezembro. Alterações da Constituição não podem ser feitas durante a decretação de estados de sítio, de defesa ou de intervenção federal.
O presidente eleito recebeu em sua casa, no Rio de Janeiro, a visita do embaixador da Argentina, Carlos Magariños, acompanhado do cônsul no Rio, Cláudio Gutierrez. Também esteve com representantes da Embaixada da Alemanha. Os dois países se somam a outras visitas diplomáticas que o presidente eleito já recebeu, como
representantes dos governos dos Estados Unidos, Itália, Espanha e China (ABr).