A inflação corrente tem surpreendido favoravelmente, segundo o presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, ao participar, na sexta-feira (9), de reunião com conselheiros do Iedi, em São Paulo.
“É verdade que há sinais de uma pausa, na margem, na desinflação de alguns componentes do IPCA mais sensíveis ao ciclo econômico e à política monetária. Todavia, surpresas positivas na inflação e a fraqueza na atividade tornam mais provável a retomada do processo de desinflação desses componentes”, disse Goldfajn.
Diante da recessão econômica e da melhora na inflação, o BC tem sinalizado que pode intensificar o corte da Selic. Atualmente, a taxa está em 13,75% ao ano. Segundo Goldfajn, um dos fatores que levaram o país à atual crise econômica foi o “fim um período de ouro para economias emergentes exportadoras de commodities”. O presidente do BC avaliou que foram cometidos excessos, com crescimento dos gastos públicos e privados acima do nível sustentável, levando a um endividamento crescente.
Para o país voltar a crescer, Goldfajn disse que é preciso manter a perseverança e a serenidade para eliminar “excessos do passado e envidar todos os esforços para levar à frente as reformas na área fiscal – incluindo a proposta da Previdência”. Para ele, com crescimento sustentável, o país será capaz de aumentar o emprego e a renda. “Temos certeza de que assim melhor contribuiremos para dar curso ao desenvolvimento econômico e social do Brasil”, afirmou (ABr).