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Após votação de denúncia, deputados se articulam para debater reformas

em Destaques
quinta-feira, 03 de agosto de 2017

Após a votação que rejeitou a denúncia contra o presidente Temer na Câmara, parlamentares já se articulam para retomar a agenda de votações.

Além da reforma da Previdência, os deputados apostam que a reforma política deve tomar o centro da agenda nas próximas semanas. Para o deputado Chico Alencar (Psol-RJ), da oposição, a vitória do governo é temporária e pode ser revertida com os desdobramentos da crise. “Foi um jogo de ida, governo ganhou por uma pequena margem, mas se a mobilização popular crescer, os resultados começam a mudar”, afirmou.
Segundo o líder da minoria na Câmara, José Guimarães (PT-CE), apesar do resultado favorável para a base governista, a oposição saiu fortalecida do processo. Para ele, a base está dividida e não tem condições para aprovar reformas de peso, como a da Previdência, e a oposição continua mobilizada para impedir a aprovação das reformas. “A reforma da Previdência já está enterrada. A única reforma que vamos concentrar é a política. Vamos trabalhar para aprová-la na primeira quinzena de agosto”, disse.
Já o líder do DEM, Efraim Filho (PB), defendeu que a Câmara retome a pauta econômica e priorize as reformas. “Temos que retomar temas como a segurança pública, a reforma tributária e a agenda econômica. Construir maioria para o futuro vai depender do poder de convencimento junto à sociedade”. O líder democrata destacou que a partir de semana que vem estará na pauta a reforma política, que deve ser votada até o início de outubro para que possa valer para as próximas eleições.
O vice-líder do governo na Câmara, Darcísio Perondi (PMDB-RS),disse que o governo saiu fortalecido pela demonstração de “capital político” do presidente. O deputado está confiante de que as reformas serão aprovadas, pois muitos deputados, principalmente do PSDB que votaram contra o presidente, defendem a pauta reformista. “Para chegar a 308 [quórum necessário para aprovar a reforma da Previdência] não é difícil”, disse (ABr).