A declaração chega em meio ao aumento das queimadas na floresta tropical, que apenas no Brasil já totaliza mais de 53 mil focos de incêndio em 2019, alta de 45% em relação ao ano anterior, segundo o Inpe.
“Os governantes estão fazendo de tudo pela Amazônia? Alguns mais, alguns menos”, disse Francisco a jornalistas no avião papal. Em seguida, o líder da Igreja Católica ressaltou a necessidade de se defender a “ecologia”, a “biodiversidade” e o “oxigênio”. O Papa também citou a África e afirmou que existe o “inconsciente coletivo” de que o continente deva ser “explorado”. “Nós não pensamos: ‘A Europa deve ser explorada’. Não, por favor. ‘Não, a África deve ser explorada’.
Devemos libertar a humanidade desses inconscientes coletivos. O ponto mais forte dessa exploração, não apenas na África, mas em todo o mundo, é no ambiente natural: o desmatamento, a destruição da biodiversidade”, salientou. Em sua passagem por Madagascar, Jorge Bergoglio já havia alertado que o “desmatamento excessivo em benefício de poucos compromete o futuro” do planeta – a ilha também sofre com queimadas em suas florestas. Além disso, em um Angelus no Vaticano no fim de agosto, Francisco dissera estar “preocupado” com os incêndios na Amazônia (ANSA).