O presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe), Roberto Veloso, criticou ontem (15), o “alarde desnecessário” em torno do julgamento do ex-presidente Lula pelo TRF-4, marcado para o dia 24.
Mesmo assim, afirmou que pedirá ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e ao Ministério da Justiça medidas para garantir a segurança em Porto Alegre, onde está localizada a sede do TRF-4, durante a apreciação do caso. Veloso tratou do tema em reunião com a presidente do STF e do CNJ, ministra Cármen Lúcia.
O presidente da Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), Guilherme Feliciano, também participou da audiência. O presidente da Ajufe admitiu a jornalistas que está preocupado com as medidas de segurança para a realização da sessão, tanto as que dizem respeito à preservação do patrimônio público (as instalações do tribunal), quanto as referentes à segurança dos desembargadores que julgarão o caso de Lula.
Mais cedo, Cármen Lúcia tratou do assunto com o presidente do TRF-4, desembargador federal Thompson Flores. “É um caso de proporções novas em que se está querendo a convocação de militantes, da população para haver uma pressão e até se chegar às vias de fato. Isso é o que não podemos conceber. Se o Brasil é uma democracia e existe um devido processo legal, por que se vai então partir para a violência a fim de interferir no julgamento do processo?”, perguntou Flores, ao deixar o edifício-sede do Supremo (AE).