O crescimento do agronegócio é estratégico para que o Brasil saia da crise com mais rapidez, disse o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Odilson Ribeiro e Silva, que representou o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, na abertura do 4º Fórum de Agricultura da América do Sul, em Curitiba.
A meta do ministério é elevar a participação brasileira no comércio mundial de produtos agrícolas, que hoje é de 6,9%, para 10%. “Embora seja uma meta bastante ambiciosa, temos que mudar alguns paradigmas para chegar nesse contexto”, ressaltou.
Uma das estratégias é o investimento em áreas nas quais a participação brasileira é pequena no mercado mundial. Além disso, Ribeiro acredita que é preciso agregar valor aos produtos para que eles se tornem mais atrativos aos potenciais compradores. “Nós temos um conceito para mostrar ao mundo, que é a sustentabilidade. O Brasil tem 61% do seu território preservado, sendo 11% do território nacional preservado nas propriedades rurais. Esse conceito de sustentabilidade precisa estar em nossos produtos”, afirmou.
O Brasil precisa superar o risco de ser ultrapassado em nível de participação no mercado. “Nós somos competitivos em apenas 42% do mercado internacional do agronegócio, que é composto de em torno de US$ 1 trilhão. Mas tem um outro universo de 58% em que não somos competitivos”, afirmou. Países como a China estão ‘de olho’ nessa fatia de mercado onde a participação brasileira é pequena. Para o governador do Paraná, Beto Richa, a competitividade dos produtos agrícolas nacionais é prejudicada pelas alíquotas tarifárias levantadas por países onde os custos de produção são inferiores aos do Brasil. O agronegócio representa, atualmente, 35% do PIB paranaense (ABr).