Kauana Benthien (*)
O mundo está passando, atualmente, dado os grandes avanços tecnológicos, pela 4ª revolução industrial, o que significa fazer uso de tecnologia para possibilitar a automatização de atividades realizadas manualmente e a troca de dados entre sistemas e máquinas sem a interferência de humanos.
No Comércio Exterior, por exemplo, setores públicos e privados se unem para automatizar e/ou eliminar atividades anteriormente executadas por profissionais, isso pode incluir desde o envio de um follow-up a um cliente, até a coleta e interpretação de dados, a conferência de uma documentação ou até mesmo a movimentação de uma carga no porto.
O fato é que as máquinas conseguem cada vez mais conversar entre si e, inclusive, realizar uma tomada de decisão sem interferência humana. Assim como em todas as revoluções industriais, muitos empregos deixam de existir e novas demandas de trabalho surgem. Nota-se um aumento na oferta de serviços de consultores, coaches e mentores no Comércio Exterior. Isso é ruim? Nem um pouco, pelo contrário, isso é ótimo!
O Brasil ainda tem muito o que evoluir no setor, seja na diversificação da compra e venda internacional, na capacidade de agregar valor aos produtos e serviços, no marketing global, na redução de burocracias, inovação, inteligência de mercado, redução de custos e customer success.
Para isso é necessário recursos humanos que usem a criatividade! Mas como identificar as novas demandas de mercado? Como estar preparado para novos negócios e novas oportunidades? Como ser visto como um profissional criativo e atualizado? Na capa de seu livro, Seth Godin já afirma: “para ser visto é preciso aprender a enxergar”. Ele quer dizer que o verdadeiro negócio é ser um agente de mudanças, que sabe quais são as dores do mercado e encontra a solução para elas.
Em um passado não tão distante, profissionais escolhiam uma empresa e o grande objetivo que almejavam fazer carreira e se aposentar nela. Hoje, percebo que muitos jovens passam menos de dois anos em uma empresa e vão para a próxima em busca de mais conhecimento, mais qualidade de vida ou uma cultura organizacional diferente.
Independentemente da escolha de fazer carreira, buscar novas oportunidades ou empreender, o marketing pessoal é de extrema importância para o desenvolvimento profissional, seja na hora de receber uma promoção, de encontrar um novo emprego, abrir um novo negócio, divulgar uma mentoria ou apenas se tornar uma autoridade na sua área.
O Personal Branding é a gestão de sua própria marca, sua imagem, sua forma de comunicação, seu posicionamento, o networking que você possui e a aplicação disso tudo para alcançar seus objetivos. As redes sociais são uma grande aliada para os profissionais que buscam melhorar seu Personal Branding, mas importante ter em mente que não são as únicas opções.
Além disso, há muitas outras estratégias a serem aplicadas, tais como comunicação em canais não digitais, construção de uma imagem e reputação sólidas em determinado ambiente. Seja no ambiente online ou físico, o Personal Branding é uma construção e não ocorre da noite para o dia. Vou citar alguns fatores que podem acelerar o processo evolutivo da sua marca pessoal como clareza a respeito do seu diferencial competitivo; storytelling; consistência; divulgações; e networking assertivo.
Porém, também cito algumas determinadas atitudes podem prejudicar seu desenvolvimento. São elas, falar apenas de si próprio e se autopromover; não ir de acordo com as políticas de sua empresa atual; fazer networking por interesse; fazer SPAM; terceirizar com quem não entende da sua área; e promover-se através de causas sociais. As principais redes sociais utilizadas para o marketing pessoal são o LinkedIn e o Instagram.
Em ambas as mídias é importante que exista qualidade e constância no conteúdo compartilhado. É muito importante definir quais são os seus objetivos, prazos e metas nas redes sociais. O conteúdo criado para as redes sociais deve possuir algumas caraterísticas como ser único e autêntico, nunca copie conteúdo de outras pessoas, possuir uma identidade visual: como você quer ser lembrado?
Use cores e fontes específicas para seu público lembrar facilmente de você quando encontrar uma de suas postagens. Tenha um nicho: crie conteúdo apenas para seu público, se seu nicho é Comércio Exterior, talvez seu público não se interesse por gatinhos fofos e descubra sua paixão, pois ela leva à maestria.
Se você contribuir de alguma forma com seu público-alvo e possuir um planejamento estratégico, poderá alcançar a sua autoridade em determinado assunto e, como consequência, um retorno financeiro (seja como renda extra ou através de novas oportunidades).
(*) – É diretora da assessoria de marketing e comunicação para Comércio Exterior, da ComexLand. Formada em Negócios Internacionais, é especialista em Big Data & Market Intelligence.