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5 tendências de varejo da NRF para as empresas brasileiras

em Destaques
quinta-feira, 02 de fevereiro de 2023

Thiago Raitez (*)

Mais do que reunir profissionais de todo o mundo para experiências de networking, a Big Retail’s Show, ou NRF, é também a maior e principal agenda global que discute o futuro do varejo.

É, sem dúvidas, uma oportunidade única para entender a movimentação do segmento e as oportunidades que podem ser aplicadas localmente, com foco em resultados para os negócios.

Junto com uma delegação de mais de 40 empresários, pude ouvir grandes nomes do setor em palestras especiais, além de conferir in loco, em empresas de referência, como as tendências do varejo podem ser aplicadas à prática do dia a dia.

E cinco tendências estão cada vez mais claras para os profissionais, sendo vistas como cruciais para o crescimento dos negócios nos próximos anos. Estudá-las e incluir essas mudanças no dia a dia será fundamental. Confira:

  1. – Back to basics – Com a transformação digital e a automação, muitas iniciativas empresariais passaram a ser feitas com mais agilidade. Mas também vivenciamos um processo em que muitas coisas se tornaram complexas, permeadas por processos desnecessários.

Simplificar a rotina e voltar para o básico é fundamental; fazer o básico nunca saiu de moda, incluindo o varejo. Quantas vezes você já entrou em uma loja e foi atendido com a certeza de que o profissional está seguindo um script? As mesmas perguntas, o mesmo modo de tratamento e nenhum olhar mais apurado para entender o que você realmente precisa.

Empresas são feitas de pessoas, clientes são pessoas. Muitas vezes, voltar a fazer o básico é o que vai garantir uma experiência agregadora ao consumidor e mais resultados assertivos ao negócio.

  1. – Policrises – Segundo especialistas que estiveram no palco da NRF 2023, até 2025 devem ocorrer diversos eventos regionalizados que vão impactar o varejo. É o que chamamos de policrises, ou seja: crises múltiplas e em diversos aspectos que tornarão a consolidação e o crescimento dos negócios desafiadores.

Crises econômicas em países subdesenvolvidos podem se ampliar, além do cenário de governos populistas em países liberais e crises climáticas que podem causar catástrofes naturais. Tudo isso precisa estar no radar do empreendedor, especialmente em empresas que desejam internacionalizar seus negócios.

Importação, exportação e mudança de conjuntura política econômica em outras regiões precisam ser analisadas para que os passos dados para o crescimento da empresa sejam realmente confiáveis.

  1. – Serviços personalizados ao cliente – Clientes mais exigentes não são novidade. A pandemia potencializou o sentimento de exclusividade do consumidor e esse é um ponto essencial a ser observado. Conhecer melhor o consumidor para oferecer a ele não apenas um produto, mas uma solução, é um caminho que precisa ser trilhado pelo varejo.
  2. – Cliente no centro – Além da personalização, colocar o cliente no centro significa criar uma jornada mais ampla e exclusiva, priorizando o cliente. É criar portfólio e formato de atendimento que sejam focados não no que a empresa como um organismo vivo deseja, mas no que o consumidor busca.

A empresa precisa se adaptar ao consumidor, porque o contrário jamais acontecerá.

  1. – Coleta e análise de dados – Em um cenário de instabilidade e mudanças rápidas, a tomada de decisões precisa ser assertiva. E nada como dados consolidados e confiáveis para isso.

Neste aspecto, a tecnologia será crucial trazendo ao empreendedor insights sobre a movimentação da empresa, as preferências de consumo, impactos sazonais e diversos outros fatores que tornam o varejo tão dinâmico e, ao mesmo tempo, um ambiente de tantas oportunidades.

(*) – É sócio-diretor da Father Internacional, especializada em consultoria e planejamento para internacionalização de negócios (https://www.father.srv.br/).