Desde julho do ano passado que os Detrans estaduais se preparam para utilizar o novo padrão de Placas de Identificação Veicular (PIV) e desde sexta-feira (31), a instituição que não tiver aderido ao novo padrão da PIV, não conseguirá emitir emplacamentos para novos veículos.
Nessa fase inicial, a nova placa é obrigatória apenas no primeiro emplacamento ou para proprietários de veículos que já tem a placa antiga mas precisou alterar o município ou estado. Mesma exigência se dá também para situações de roubo, furto, dano ou extravio da placa. Se o proprietário não se enquadrar nas situações acima e não tiver necessidade de instalação de uma segunda placa traseira, poderá usar a atual placa cinza até o fim da vida útil do veículo.
O que muda com a PIV
A nova placa apresenta o padrão com quatro letras e três números, o inverso do modelo atualmente adotado no país, com três letras e quatro números. O novo modelo permite mais de 450 milhões de combinações, o que, considerando o padrão de crescimento da frota de veículos no Brasil, pode valer por mais de 100 anos.
Também muda a cor de fundo, que passará a ser totalmente branca. A mudança vai ocorrer na cor da fonte para diferenciar o tipo de veículo: preta para os de passeio, vermelha para veículos comerciais, azul para carros oficiais, verde para veículos em teste, dourado para os automóveis diplomáticos e prateado para os veículos de colecionadores.
Todas as placas terão ainda um código de barras dinâmico, do tipo Quick Response Code (QR Code), contendo números de série e acesso às informações do banco de dados do fabricante e estampador da placa. O objetivo é controlar a produção, logística, estampagem e a instalação das placas nos respectivos veículos, além da verificação de sua autenticidade. Essa segurança é garantida pelo Serpro.
“A tecnologia permite a rastreabilidade do processo de estampagem, o que dificulta a falsificação da placa. O QR Code funciona como uma “impressão digital eletrônica” da placa veicular, possuindo uma assinatura exclusiva emitida pelo Serpro que possibilita que smartphones façam a leitura do código e acessem um número serial, que é uma espécie de CPF da placa”, explica Diego Migliavacca, gerente do Departamento de Negócios – Soluções de Trânsito do Serpro.
Segundo ele, qualquer cidadão pode consultar, no Portal de Serviços do Denatran, dados como a identificação do fabricante e do estampador, além de informações atuais do veículo. “É um conjunto de informações que garante a autenticidade de cada emplacamento”, explica.