Thiago Leão (*)
O avanço da tecnologia sobre o setor fabril pode ser evidenciado em diversos aspectos, por meio de benefícios que, somados, culminam em uma nova realidade competitiva para a empresa em questão.
Ao destrincharmos o tema, utilizando como referência essa espécie de espinha dorsal por trás da inovação, é possível destacar algumas contribuições que justificam um investimento conciso no componente digital.
Sem uma gerência efetiva e funcional, o gestor se depara com uma ineficiência que só prejudicará o andamento das atividades, provocando uma série de entraves para o crescimento da companhia junto a seu mercado.
Com o ERP, enquanto um software de gestão empresarial, o contratante terá condições de construir uma estrutura organizacional que aguente o volume das operações, com mais controle, acompanhamento e suporte estratégico para tomar as melhores decisões.
Para se ter uma ideia, em 2021, 69% das indústrias brasileiras faziam uso de alguma tecnologia digital, conforme mostra a Sondagem Especial Indústria 4.0, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Se na teoria as oportunidades são promissoras, também é preciso entender, na prática, como a tecnologia se relaciona com o universo fabril, levando em conta suas principais mudanças e aprimoramentos.
- 1. Maior controle sobre os processos – Frente à complexidade operacional que costuma caracterizar os procedimentos fabris, não possuir uma visão clara e em tempo real do que está acontecendo entre os departamentos internos pode ser determinante para o sucesso ou o insucesso de uma administração.
Com o uso de uma solução robusta e abrangente, possibilita-se um maior controle sobre todas as etapas da produção interna, desde a identificação do profissional encarregado pelo processo ao insumo que está sendo utilizado.
Isso implica, entre outras vantagens, em uma postura de observância para solucionar problemas com mais agilidade, em uma comunicação direta com a equipe de vendas, para que as medidas cabíveis sejam tomadas em relação ao cliente.
- 2. Um novo patamar para o fluxo de dados – O movimento e armazenamento dos dados representa um ponto central quando o assunto é transformação digital. Respeitando quesitos de privacidade, integridade e transparência, é de suma importância que empresas do segmento fabril priorizem a construção de um ambiente orientado à segurança das informações.
Nesse sentido, a automação é capaz de reunir todos esses materiais de forma integrada e acessível, para que as lideranças, bem como os colaboradores, tenham acesso a dados atualizados, de qualquer localidade.
- 3. Decisões mais assertivas – Ainda referente às informações disponíveis no âmbito interno, tão importante quanto separá-las em um espaço seguro é ter plena convicção do que fazer com elas.
Isto é, ter como apoio conceitos ligados à inteligência analítica, de modo que os dados, agora integrados e acessíveis, sejam convertidos em insights proveitosos. Em termos práticos, essa mudança de mindset influencia diretamente em decisões mais assertivas, conscientes e que vão além da intuição.
- 4. Custos reduzidos e ganhos competitivos – No ambiente digital, existem questões que culminam, direta e indiretamente, na redução de custos como um todo. Com processos otimizados e recursos aplicados com assertividade, é natural que ocorra uma redução gradual em gastos desnecessários e pouco aderentes.
Por outro lado, o aumento na qualidade das entregas deságua em mais competitividade que, por sua vez, tende a elevar o retorno e o lucro sobre os serviços e/ou produtos.
- 5. É possível potencializar a produtividade – Corresponder às demandas produtivas é um desafio imenso para quem fornece ferramentas de gestão à indústria. Por isso, sob a ótica do contratante, o momento de escolher e implementar o ERP deve ser conduzido com a devida seriedade e apreço por diferenciais reconhecidos por um mercado cada vez mais exigente.
Sem dúvidas, para encerrar o artigo, considerando todos os efeitos positivos provocados pelo software, a fábrica terá a maturidade digital necessária para potencializar seu campo industrial, encontrando na tecnologia uma aliada estratégica de valor imensurável.
(*) – Engenheiro Mecânico pela UERJ, é Diretor Comercial da Nomus, empresa especializada no desenvolvimento de sistemas para excelência na gestão de indústrias (https://www.nomus.com.br/).