Os clubes de assinatura estão entre as principais tendências para 2023. O modelo bombou após a pandemia, ao passo que transformou a relação entre as empresas e seus consumidores. Considerado o futuro das relações comerciais, os clubes propõem uma nova forma de fazer negócio, otimizam e automatizam processos, e fomentam a economia circular.
Vistos como uma grande aposta para os empreendedores que buscam reinventar seus negócios em 2023, os clubes de assinatura também representam uma chance para quem nunca teve seu próprio comércio. Inclusive, de acordo com um relatório da Lineup, divulgado pelo site What’s New In Publishing, avaliado em US$ 650 bilhões, o mercado de assinaturas digitais pode atingir a marca de US$ 1,5 trilhão em três anos.
Engana-se quem acredita que apenas as empresas de tecnologia podem aderir às assinaturas. Muitos segmentos, como educação, saúde, e-commerce e varejo já estão fazendo sucesso no Brasil.
“Qualquer negócio que tenha um modelo de vendas escalável e intenso consumo, pode fazer uso desta tendência. O único segredo é: proporcionar experiências afetivas e práticas para o assinante”, afirma Pamela Paz, CEO do Grupo John Richard, detentor das marcas: John Richard, maior empresa de solução de mobiliário como serviço, e Tuim, primeira empresa de móveis residenciais por assinatura no país.
Capazes de movimentar R$ 1 bilhão por ano, segundo um estudo da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), os clubes de assinatura são rentáveis e seguem crescendo. Por isso, a executiva listou abaixo algumas dicas para empreender neste mercado.
- – Conheça as necessidades do seu público-alvo – Inicialmente, cabe compreender se o seu produto ou serviço pode ser consumido periodicamente e quais diferenciais ele pode oferecer. Hoje, a assinatura de bens duráveis está em alta, a exemplo dos eletrodomésticos, móveis, carros e celulares, ao passo que elas dispõem de um preço mensal mais acessível e vantajoso do que a própria compra parcelada.
“A recorrência pode ser aderida de diversas formas, basta ter a estratégia certa e gerar valor para o cliente. Seja pela praticidade ou pelo preço, o consumidor precisa identificar algum benefício ao fazer a assinatura”, destaca Paz.
- – Planeje-se financeiramente – Este mercado, assim como os outros, exige um planejamento prévio. Por isso, regulamente sua operação, seja a partir de um CNPJ ou MEI, e defina o valor da sua assinatura, considerando todos os gastos com embalagem, envio, fornecedor ou até mesmo com a produção dos produtos que estarão disponíveis para o cliente.
- – Analise as opções de envio – Estude qual a melhor opção de envio para o seu produto e, sobretudo, os prazos de entrega de cada fornecedor. Quando falamos em entrega recorrente, não podemos esquecer que a logística deve funcionar perfeitamente em todos os envios, afinal os assinantes não podem ficar esperando.
“Escolha fornecedores de confiança que cumpram assiduamente os prazos de entrega, além disso, disponibilize a possibilidade de calcular o valor do frete logo no início da assinatura, isso evita surpresas e atritos”, aponta a CEO. - – Elimine toda e qualquer burocracia – O principal objetivo da recorrência é eliminar qualquer tipo de burocracia ou dificuldade durante o processo de assinatura, sobretudo, durante o pagamento. Mais que inovação, as assinaturas digitais devem acompanhar as atuais necessidades e as mudanças constantes no comportamento e consumo da sociedade.
- – Escute seus clientes – As pesquisas de satisfação são fundamentais para os clubes de assinatura, uma vez que tornam-o mais personalizado. Traçar o perfil dos assinantes possibilita que o produto ou serviço seja sempre customizado e, consequentemente, estabelece-se uma boa relação entre marca e cliente.
“A ideia é que o assinante veja o clube como um presente mensal, afinal este modelo de negócio vende mais do que um simples produto, é uma experiência para o consumidor”, conclui Paz. – Fonte: (https://www.johnrichard.com.br/).