O comportamento econômico em 2020 sofreu mudanças consideráveis e sentidas em todo o mundo em decorrência da pandemia da covid-19. Os resultados financeiros das empresas tiveram impacto negativo, levando muitas delas a tomarem atitudes drásticas, como desligamento de funcionários, redução de salário/carga horária de trabalho e até declaração de falência. Por outro lado, alguns setores específicos se fortaleceram porque precisaram atender uma nova demanda que provocou diversas alterações em certas necessidades do consumidor.
O próximo ano vai estender o clima de incertezas de 2020. Desta vez, as dúvidas recaem sobre a população ser efetivamente imunizada e o prazo para confirmar a sua eficácia das vacinas. Para quem deseja fazer novos investimentos, Joni Tadeu Borges, professor do Centro Universitário Internacional Uninter e autor de quatro livros sobre Administração e Negócios, indica as cinco áreas mais propícias para os empreendedores apostarem seu dinheiro.
- E-commerce – De acordo com a edição 4 do relatório Webshoppers, o crescimento do comércio eletrônico foi de 47% no primeiro semestre de 2020. O professor enumera alguns pontos positivos deste setor: o consumidor continuará comprando pela internet; o e-commerce está aberto 24h por dia; a possibilidade de consultar produtos, preços e outras condições de compra em várias plataformas, incluindo as redes sociais.
Também, a redução de custos para o empreendedor, como o aluguel de um espaço físico como as lojas tradicionais e a contratação de menos colaboradores. “Para que isso aconteça, a empresa no meio virtual deve estar preparada, adotar as novas tecnologias digitais para atender os potenciais consumidores com toda agilidade e segurança”, recomenda Borges.
- Tecnologia e Inovação – De acordo com o especialista, tecnologia e inovação deixaram de ser uma tendência para fazer parte da realidade das empresas. “No decorrer da pandemia as empresas se obrigaram buscar novas alternativas para dar continuidade às suas atividades, muitas delas não estavam preparadas e outras não tinham recursos para investir em tecnologia e inovações. Em 2021, a procura por serviços que inovem, facilitem e reduzam os custos para os usuários continuará”, prevê.
Alguns pontos positivos das startups e empresas consolidadas que investem em TI são novas alternativas de serviços com melhor qualidade e menor custo; ferramentas diversas para a automação de tarefas, aumento de produtividade e receita; produtos e serviços diferenciados dos concorrentes tradicionais do mercado e dispor de uma comunicação mais amigável e próxima com os clientes.
- Alimentos – As empresas do setor alimentício apresentaram excelentes resultados em 2020, segundo o professor Joni Tadeu Borges. Essa conquista se estende para as indústrias de alimentos no mercado externo, interno e as dinâmicas do comércio, como as redes de supermercados, que precisaram oferecer novos canais de venda ao consumidor.
“Com o distanciamento social e o trabalho em home office, as pessoas evitam percorrer distâncias maiores e procuram restaurantes e mercadinhos mais próximos de sua residência”, observa. Muito presente neste setor, outra aposta do especialista que permanecerá em alta em 2021 é a entrega de produtos via delivery.
- Saúde – Na busca por erradicar o coronavírus, Joni afirma que todas as áreas relacionadas à promoção de saúde ofertarão novas oportunidades. Desde indústrias que fabricam equipamentos elementares (seringas, algodão, álcool, álcool em gel, fitas, embalagens, máscaras, luvas) até empresas focadas na conscientização da população vão estar em alta em 2021.
Para o pequeno e médio empreendedor, recomenda-se a criação de aplicativos de prevenção, acompanhamento ou controle de determinada doença. Outra possibilidade é oferecer serviços de segurança e saúde ocupacional com o objetivo de reduzir os acidentes de trabalho e oferecer melhor qualidade de serviço para outras empresas.
- Logística – Com o aumento das vendas pela internet no ano de 2020 e a projeção de crescimento para 2021, a cadeia que envolve o processo logístico será fundamental para atender a necessidade dos consumidores. “As empresas de logística buscaram ferramentas digitais inovadoras para se manter no mercado. Com a adoção das novas tecnologias, utilização da inteligência artificial e centralização de dados e automação, o setor ganhou eficiência.
Os empreendimentos que adotaram ou pretendem adotar as novas tecnologias de gestão e de integração nos processos logísticos, aliados à retomada do crescimento econômico, terão bom desempenho em 2021”, garante Joni. Fonte: (www.uninter.com).