Estudo da Sólides, líder no Brasil em tecnologia para gestão de pessoas para pequenas e médias empresas, mostra que mais de 90% das pessoas concordam que o desenvolvimento e retenção de funcionários são de responsabilidade de todos os gestores, e não apenas da área de RH.
O dado foi extraído do Panorama Gestão de Pessoas Brasil, maior levantamento do segmento, feito com base em entrevistas com 1.000 profissionais formais e adultos de empresas de todo o país, sendo profissionais de recursos humanos, departamento pessoal, colaboradores e lideranças.
“Em um país em que 97% dos funcionários afirmam ter uma liderança direta responsável pela sua gestão, é de extrema importância extrapolar o debate sobre Gestão de Pessoas além das fronteiras da área de RH e Departamento Pessoal, e deve ser uma estratégia discutida por todos os líderes dentro da organização”, afirma Távira Magalhães, CHRO da Sólides.
Um dos pontos de atenção que a pesquisa traz é a questão da disparidade salarial e de cargos entre homens e mulheres nas empresas. Homens recebem em média 21,6% a mais que as mulheres. Em cargos operacionais, a diferença aumenta para 33,2% e, em cargos de gestão, a diferença diminui para 17,3%.
Outro ponto que corrobora o cenário é que mulheres ainda são minorias em cargos de liderança: apenas 40% dos cargos de gestão são ocupados por mulheres, enquanto 60% são ocupados por homens, uma diferença de 50%.
- Retenção de funcionários como responsabilidade coletiva – As empresas estão vivendo uma crise na relação de trabalho com o seu colaborador. De acordo com dados do Caged, o Brasil possui a maior taxa de rotatividade do mundo: 51,3%.
Em contrapartida, 67% dos profissionais de RH afirmam que a rotatividade na sua empresa está baixa ou controlada, e aproximadamente 9% não sabem informar a taxa atual, demonstrando que as empresas não acompanham o seu turnover ou não sabem comparar com o mercado.
Além disso, 60,5% dos líderes concordam totalmente que o desenvolvimento e a retenção de funcionários são de responsabilidade de todos os gestores, e não apenas do RH.
- Inteligência artificial no trabalho – Outro ponto analisado pela pesquisa foi a penetração das ferramentas com IA no trabalho das pessoas. Apenas 2 em cada 10 profissionais utilizam inteligência artificial, como o ChatGPT, no seu trabalho, inclusive nas grandes empresas.
No entanto, dentro da gestão de pessoas especificamente, 87,9% dos profissionais de RH consideram que ferramentas de Inteligência Artificial (IA) são aliadas do seu trabalho.
- Expectativas ajustadas, cenário otimista – Entre os dados que se destacaram do levantamento, um chama a atenção: especificamente entre os profissionais que ocupam cargos de liderança, 6 em cada 10 não trabalham na área que sonhavam.
Se avaliadas as respostas de todos os entrevistados, a saúde aparece na liderança do ranking de incompatibilidade: 9 em cada 10 profissionais do setor não trabalham na área que sonhavam.
O Panorama também revela um otimismo por parte do empresariado brasileiro para este ano: 4 em cada 10 empresas pretendem aumentar o quadro de funcionários em 2024, enquanto menos de 15% pretende reduzir um pouco ou consideravelmente o número de colaboradores.
A pesquisa foi realizada em parceria com a Offerwise, com pessoas economicamente ativas com contrato de trabalho, entre líderes e colaboradores de RH, líderes de outras áreas e colaboradores de outras áreas. – Fonte e outras informaçõs: (https://blog.solides.com.br/panorama/).