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35% das empresas brasileiras já adotam regime de trabalho presencial

em Destaques
segunda-feira, 13 de maio de 2024

Há quatro anos, ninguém poderia prever como o trabalho remoto iria transformar profissionais, empresas e seus ambientes de trabalho. Mesmo agora, alcançar o ponto de equilíbrio ainda é um desafio. Segundo dados da 27ª edição do Índice de Confiança Robert Half, 35% das companhias exigem a presença diária no escritório, enquanto apenas 6% dos colaboradores preferem esse modelo.

É perceptível o crescimento do número de empresas que optam pelo retorno às atividades inteiramente presenciais. Em relação a essa escolha, houve um aumento de cinco pontos percentuais em comparação com o último trimestre. Apesar do principal ponto de discordância girar em torno do modelo 100% presencial, o esquema de trabalho híbrido ainda é o preferido pela maioria dos entrevistados, tanto na visão das empresas quanto na opinião dos profissionais.

Entre as companhias, 58% estão funcionando em modelo híbrido, 35% de forma presencial e 7% seguem totalmente em home office. Do lado dos profissionais, a preferência pela modalidade híbrida é ainda maior: 77% a consideram como o modelo ideal de trabalho, enquanto 17% indicam o home office integral e apenas 6% o presencial.

De acordo com a pesquisa, o retorno 100% presencial levaria 65% dos profissionais empregados a buscar um novo emprego – sendo que 22% deles afirmam que o retorno ao escritório definitivamente não é uma opção, enquanto 43% indicam que buscariam um novo trabalho, mas que não teriam problemas em permanecer na atual empresa até que encontrassem outra oportunidade.

“Para alguns profissionais, o ambiente do escritório proporciona uma sensação de pertencimento e conexão com a equipe, além de facilitar a troca de ideias e o aprendizado colaborativo. Além disso, para algumas pessoas, o trabalho presencial pode representar uma separação mais clara entre vida pessoal e profissional, ajudando a manter um equilíbrio saudável entre os dois aspectos da vida”, comenta Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul.

O executivo avalia que, depois da experiência do trabalho remoto, a maioria dos colaboradores prefere não retornar ao modelo 100% presencial devido ao desejo de manter a flexibilidade, autonomia e qualidade de vida. “Para as empresas, o trabalho presencial facilita a colaboração e a inovação, promovendo a troca de ideias e a resolução de problemas de forma mais eficaz. No entanto, muitas não têm nem espaço físico suficiente para acomodar 100% dos colaboradores 100% do tempo”, complementa.

Além dos impactos na retenção, o retorno presencial ao trabalho pode influenciar na atração de talentos. A pesquisa revela que 11% dos profissionais desempregados só aceitariam uma proposta de trabalho 100% presencial se não tivessem outra escolha. Na visão das empresas, os cinco principais desafios dos gestores que lideram times 100% presenciais são:

. equilibrar a necessidade de interação presencial com a flexibilidade desejada pelos funcionários;
. lidar com possíveis resistências à cultura presencial em um cenário mais flexível;
. manter a comunicação eficiente;
. adaptar-se às mudanças nas expectativas dos funcionários em relação ao trabalho presencial;
. e garantir a segurança e saúde dos funcionários no ambiente de trabalho físico.

Entre aquelas que atuam em formatos 100% remotos, os cinco desafios de gestão mais latentes são:

. promover a comunicação clara e eficaz em um ambiente virtual;
. manter a equipe engajada e motivada à distância;
. assegurar a segurança da informação;
. gerenciar efetivamente o desempenho dos funcionários sem uma presença física constante; . e monitorar a carga de trabalho para evitar o esgotamento dos colaboradores.

Já para as companhias que funcionam em modalidade híbrida, os cinco maiores desafios de gestão são:

. manter a produtividade e eficiência da equipe, considerando diferentes ambientes de trabalho;
. gerenciar a comunicação de maneira a manter todos os membros da equipe informados e envolvidos;
. equilibrar efetivamente a colaboração entre membros da equipe presencial e remota; . promover a colaboração e a coesão da equipe;
. e garantir que as políticas e práticas sejam justas para todos os funcionários, independentemente do local de trabalho. – Fonte e outras informações: (https://www.roberthalf.com).