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30% dos colaboradores brasileiros sofrem de síndrome de esgotamento profissional

em Destaques
segunda-feira, 30 de outubro de 2023

O burnout é reconhecido como doença passível de afastamento remunerado

A International Stress Management Association (Isma) aponta que 30% dos profissionais brasileiros sofrem de burnout. Essa porcentagem deixa o Brasil na 2ª colocação no ranking mundial, ficando apenas atrás do Japão com 70%.

A síndrome é um distúrbio emocional, na qual o trabalhador possui sintomas de exaustão extrema, esgotamento e estresse, em consequência de excesso de trabalho e situações desgastantes referente a ele. No ano passado, o distúrbio recebeu o código QD85 na Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) – o diagnóstico possibilita até 15 dias de afastamento remunerado.

A norma elaborada pela entidade International Organization for Standardization, ISO 45001 – Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional – aborda requisitos direcionados não apenas na prevenção do bem-estar físico dos colaboradores, mas também da saúde mental.

Reconhecer pontos que influenciam no estresse dos trabalhadores, e traçar estratégias para contornar essas situações são atitudes implementadas com a ISO 45001, além da criação de uma cultura que valorize os colaboradores, comunicação aberta e serviços de apoio a saúde mental.

“Essa pesquisa nos acende um alerta sobre a urgência de implementar estratégias eficazes de gerenciamento do estresse e promover um ambiente de trabalho saudável. O burnout não apenas afeta a saúde e bem-estar dos profissionais, mas também tem um impacto significativo na produtividade e no desempenho das organizações”, aponta Paulo Bertolini, diretor-geral da APCER Brasil, certificadora de origem portuguesa de atuação global.

A ISO 45001 pode ser aplicada em organizações de todos os setores e tamanhos, e possui fácil integração com outros padrões ISOs, como a ISO 9001 – Sistema de Gestão da Qualidade – e ISO 14001 – Sistema de Gestão Ambiental. A norma torna possível evoluir os resultados mesmo que já sejam positivos, utilizando a metodologia Plan, Do, Check, Act (PDCA) – planejar, fazer, checar e agir – que instaura um processo de melhoria contínua.

Depois de um processo de implementação da norma, a organização interessada em uma certificação deve contatar um organismo para iniciar o processo. Será realizada uma auditoria para validar a conformidade da organização com os requisitos da norma e elaborado um relatório com a identificação de eventuais não conformidades e oportunidades de melhoria.

“Para as não conformidades identificadas, a organização terá de evidenciar a implementação de um plano de ação corretiva e, após essa execução, o organismo de certificação emite o certificado de conformidade ISO 45001. A certificação é válida por três anos, sendo necessário a realização de auditorias anuais de acompanhamento”, conclui Bertolini.