Ensino de História Indígena Através do Cinema: Uma Experiência Pedagógica
Laís Alves Sanchez – Brasil – A jovem historiadora, professora, debruçou-se sobre difícil e intrigante matéria, que lhe valeu, com louvor o título de mestre. Interessante abordagem, contextualiza ensinamentos de história sobre a ótica cinematográfica. Não contenta-se e aprofunda seus saberes nos ambientes indígenas, sem tornar-se uma indigenista. O cipoal étnico que caracteriza o universo tratado, é devidamente compreendido e estende-se à meandros antes inimagináveis. Um belo e dignificante trabalho. Esclarecedor!
Ele Está no Meio de Nós
Silas Corrêa Leite – Sendas – O título que mais parece refrão de oração – perdoe-me a rima pobre – ‘entoa ad initium’ estreita relação com o universo da obra. Exitoso e rico empresário, repentinamente vê/sente, o quanto é infeliz, apesar de toda riqueza amealhada. Com infância miserável, bastardo renegado pelo pai, venceu agruras e tornou-se respeitado e influente empresário, Dr Paulo de Tarso. Repentinamente sentiu um fervoroso e ardente chamado para conviver e ajudar os tão miseráveis, quanto houvera sido sua meninez. Ilação ao Paulo a caminho de Damasco? Na realidade achou ouro, distribuindo pão. Uma história verídica vivida em Itararé- São Paulo.
Choro Por Ti, Belterra
Nicodemos Sena – Letra Selvagem – Um romance lastreado em fatos reais, tendo como cenário a inesquecível Belterra, raízes do autor. Apesar de todo avanço tecnológico que nos cerca e não raro, nos sufoca, a maioria de nós sempre sente, ou sentiu, ao menos curiosidade pelos antepassados, locais onde viveram, etc. Quem nunca? Pois é, esse é o tema dessa homenagem biográfica com a qual o autor brinda seus leitores, aliás, um grande séquito, e resgata suas origens, dando-lhes até um belo colorido, sem obliterar suas verdades. Impactante!
O Caramujo e o Camaleão
Nathalia Pontes – Cartola – Situações contraditórias são expostas entre esses dois dispares seres. O caramujo, sempre rabugento, escatológico. O camaleão, muito ativo, sempre “prá cima”, sempre num estado zen. Em tudo vê o lado positivo, diferente do pobre do caramujo. A Nathalia é também a ilustradora, o que dá um toque especial e muita vida aos personagens. Um belo exemplo para a garotada!
Trem Doido
Mouzar Benedito – Ohi (Ilustr) – Limiar – Mais uma demonstração de brasilianismo é o que desponta nessa obra de autoria do Mestre dos Causos, todos verdadeiros, eivados de singularidades. Mouzar, um viajante incorrigível ,de preferência de trem, relata com seu costumeiro sabor e profunda sabedoria, encontros normalmente casuais, com pessoas das mais variadas estirpes, claro, o “mineirismo” sempre presente, o que gera um especial encantamento. O leitor terá muito que emocionar-se, ao mesmo tempo que rirá bastante. Aquecerá muitas tardes e noites frias! Mouzar indiscutível!