Meu ano passado teve 730 dias. E o seu?

em #tenhacicatrizes, Empreendedores Compulsivos
quarta-feira, 20 de abril de 2022

Alessandro Saade (*)


Não sei se você também tem a mesma sensação, mas sinto que meu ano passado teve 730 dias! Não consigo identificar e separar o que aconteceu em 2020 e 2021. Foi um só ano.

Agora busco entender por onde passará a trilha da aceleração do crescimento. E já vi que teremos muitas opções, oportunidades e ofensores. Que bom!

TEMAS TORNARAM-SE RECORRENTES.

Assuntos como trabalho remoto, autonomia, qualidade de vida, equilíbrio emocional, gestão remota, engajamento, inovação, entre outros temas, passaram a permear todas as conversar e estratégias, como necessidade irreversível de mudança e adequação.

TRABALHO REMOTO NO ESCRITÓRIO?

O movimento de postergar o trabalho remoto ad aeternum está na pauta de todas as empresas e colaboradores do mundo. Mas o fato é que nem sempre possuímos toda a infra necessária em casa, ou mesmo precisamos de um contato periódico com o time, nem que seja somente para socializar. De olho nesta nova demanda, as empresas de coworking buscam espalhar suas estruturas pelos bairros, e subúrbios, das grandes cidades do mundo, garantindo que o colaborador consiga a atmosfera de escritório, sem precisar passar horas em algum tipo de transporte, coletivo ou individual.

SURFANDO A OPORTUNIDADE

O mercado imobiliário vivenciou dois movimentos bem distintos durante a pandemia. Os imóveis comerciais foram desmobilizados e os residenciais foram extremamente demandados, seja fora dos grandes centros ou em movimentos de aumento de espaço das moradias nas grandes cidades.

De olho na flexibilização dos formatos, uma startup vem crescendo e surfando a onda da mobilidade, com um formato inovador, onde o desembolso do contrato de locação serve como entrada na aquisição do seu novo imóvel. Parece que estão no caminho certo. Os 16 milhões de reais que a startup Amora recebeu de aporte é um bom indicador.

SE O ESPAÇO DE TRABALHO VAI FICAR MAIS AGRADÁVEL E LÚDICO, É LÁ QUE EU QUERO ESTAR.

E a Nespresso também. Em matéria para a revista Exame, Adriana Vieira, diretora de Nespresso Professional no Brasil, conversa sobre a mudança na estratégia de oferta da sua solução B2B, que antes era oferecida somente para São Paulo e Rio de Janeiro.

Agora, com o crescimento nas duas cidades e demanda reprimida em outras capitais do país, a gigante suíça vai abrir o leque e já oferece a mesma solução para Brasília e Goiás, além das regiões Sul e Sudeste. 

O trabalho híbrido trouxe uma oportunidade de extensão do atendimento da marca. Em 2021, a marca cresceu 8,8%, de forma orgânica, no mundo. Neste número também está incluída a divisão B2C, que atende o consumidor final

Confira a matéria completa no site da Exame.

MAS NEM TUDO É UM MAR DE ROSAS. E O ENGAJAMENTO?

Matéria da revista Forbes traz um estudo sobre a dificuldade de engajamento que alguns colaboradores vêm encontrando na participação em reuniões e eventos virtuais, por videoconferência. E 92% (!!) dos executivos entendem que colaboradores que não abrem a câmera e não se conectam visualmente com o time nas reuniões não terão vida longa nas empresas. Simples assim!

A pesquisa também trouxe respostas bem interessantes dos executivos, para refletirmos sobre este novo formato: 96% entendem que os colaboradores que trabalham no escritório possuem vantagem sobre os que trabalham primariamente de forma remota. 94% deles também afirmaram que os colaboradores menos conectados possuem menos oportunidades que os seus pares do escritório. Para 93% dos respondentes, o colaborador que mantém sua câmera fechada é menos engajado que os demais colaboradores. E a cereja do bolo: 45# dos executivos assumem que o colaborador com câmera e microfone fechado está na internet ou nas redes sociais.

Ficou assustado ou interessado? O estudo completo está aqui e foi realizado pela Wakefield Research para a Vyopta

(*) É Fundador dos Empreendedores Compulsivos, é também executivo, autor, professor, palestrante e mentor.  Possui mais de 30 anos de experiência atuando com grandes empresas e startups brasileiras, tornando-se referência no universo do empreendedorismo no Brasil. Formado em Administração pela UVV-ES, com MBA em Marketing pela ESPM e mestrado em Comunicação e Mercados pela Cásper Líbero, especializou-se em Empreendedorismo pela Babson College e em Inovação por Berkeley. Atualmente é Superintendente Executivo do ESPRO, instituição sem fins lucrativos que há 40 anos oferece aos jovens brasileiros a formação para inserção no Mundo do Trabalho.