Kevin Porter (*)
A pandemia não tem data para acabar.
E a vacinação lenta no Brasil e em outros países tem ajudado o vírus mais do que as pessoas, que são obrigadas a viver em um ambiente cuja locomoção é restrita.
O surgimento de novas cepas do coronavírus leva especialistas a preverem uma terceira onda de contaminações. Com isso, o marketing e a oferta de conteúdo por meios digitais têm sido a saída para empresas e trabalhadores.
A digitalização é um processo que até pouco tempo era restrita a grandes corporações. Mas isso foi mudando e hoje está bem popular. Já existem plataformas específicas para pequenos varejistas e também para pessoas físicas venderem produtos e serviços. E existe outro segmento que começa a despontar e deve crescer muito nos próximos anos. a oferta de conteúdo.
Sim, sem poder sair de casa para fazer cursos dos mais variados tipos, para participar de treinamento, workshops e palestras, entre outros, os consumidores cada vez mais usam a Internet para suprir essa necessidade. E todos os dias surgem mais e mais ofertas de conteúdos online.
O fenômeno é mundial e, não por acaso, têm surgido alguns unicórnios no mercado. Para quem não sabe, unicórnio é uma startup que cresceu rapidamente a ponto de seu valor de mercado atingir ou superar R$ 1 bilhão. Pesquisa recente realizada no Brasil mostra que 76,19% dos gestores de marketing e executivos pretendem ampliar os investimentos em marketing digital em 2021 e deste total, 38,1%, acreditam que a melhor forma de atuar online é oferecendo conteúdo qualificado.
Pois bem, vemos aqui um ponto importante: conteúdo qualificado. Isso mesmo, o mercado cresce exponencialmente, mas tem um gargalo que precisa ser resolvido. A qualidade do conteúdo produzido e a definição do público-alvo. Como em tudo o que existe na Terra, no ramo de conteúdo também há bons e maus produtos, direcionados ou não para as pessoas certas.
As plataformas especializadas sabem disso. E as mais conhecidas e sérias filtram e colocam em suas prateleiras virtuais apenas os que realmente valem a pena para os consumidores. Dessa forma elas ganham credibilidade porque isso não só atrai novos interessados como se torna o motivo para indicações. Porque alguém vai perder tempo procurando na Internet se já sabe que a plataforma A ou B funciona bem e tem o que ele deseja?
Da mesma forma, somente os bons profissionais e as boas empresas produtoras de conteúdo conseguirão emplacar suas novidades nas melhores plataformas. A grande vantagem da venda de conteúdo digital é que ela não exige espaços físicos para armazenamento. O e-commerce envolvendo produtos físicos precisa de toda uma logística nem sempre ao alcance dos pequenos. O de serviços também, pois a empresa ou o profissional precisam se deslocar, ter ferramentas adequadas e há restrição de distância.
Mas conteúdo não. A própria plataforma é o estoque e a fibra óptica o meio de transporte. Quem vende conteúdo pode atender clientes do mundo todo em um piscar de olhos. Mas precisa oferecer o produto adequado. E, ao contrário de antigamente, hoje é fácil colocar qualquer coisa para ser vendida na Internet. As plataformas atuais são amigáveis e fáceis de operar porque são autoexplicativas. Não é necessário prática muito menos conhecimento de tecnologia.
Um cenário de desemprego como esse, com a ajuda dos meios digitais, converte-se em grande oportunidade para aqueles com espírito empreendedor. Basta se informar, aprender as peculiaridades deste ramo e oferecer conteúdos úteis e bem-produzidos. Mas a hora é agora.
Somente os mais antenados vão conseguir aproveitar esse segmento que ainda tem muito espaço para ser explorado.
(*) – É sócio fundador da Venderei, startup que oferece ao mercado a possibilidade de vender conteúdos digitais (https://venderei.com/).