Lucas Melo (*)
Devido ao aumento da taxa de juros, os estabelecimentos comerciais estão sendo afetados, com a oneração das tradicionais formas de financiamento do seu modelo de negócio.
Desse modo, os empreendimentos tiveram que buscar outras formas para se capitalizar. Pensando nisso, o Sale Leaseback vem sendo uma das melhores saídas encontradas e ainda possui uma série de benefícios. Pouco divulgada, a operação Sale Leaseback no Brasil, vem ganhando holofotes e começando a ficar em alta por conta da Selic.
Conhecida também pelo nome de “desmobilização de imóveis”, a operação consiste na venda de um bem (imóvel), geralmente para fins de capital de giro, onde o imóvel vendido é alugado pelo antigo proprietário, que torna-se o locatário do mesmo. Apesar de robusta, é uma operação simples, uma empresa proprietária vende um imóvel e, em seguida, o aluga, normalmente por um longo período de tempo.
Ou seja, fica claro que concretizar um sale leaseback não é tão difícil quanto parece.
Agora, passando para as motivações ao utilizar essa modalidade, podemos contar com dois lados, primeiro as empresas que vendem suas propriedades e as organizações que compram os bens imóveis.
Para a primeira situação, os benefícios vão desde uma maior liquidez e aumento da capacidade de investimento para o locatário do imóvel e até uma eventual redução tributária. Já para o segundo caso, podemos citar como benefícios a diversificação dos investimentos, garantia de renda por um período estendido de tempo e com início imediato, já que o imóvel é imediatamente locado.
Como exemplos temos grandes varejistas que se utilizam dessa operação, tais como o GPA, Whirlpool, Natura e GM. Essa prática já é bastante conhecida nos EUA, mas no Brasil ela voltou a ser figurada agora por conta da Selic alta. Vimos nos últimos dias grandes empresas como o Grupo Mateus utilizando essa operação, o que demonstra o potencial de aumento dessa modalidade neste ano, já que possui diversos benefícios, principalmente para empresas médias e grandes com foco em aumentar sua liquidez.
Na MBRAS temos em carteira fundos com mais de R$ 500 milhões e fazemos operações monousuário, lojas comerciais, a partir de R$ 10 milhões, um grande diferencial em relação aos fundos tradicionais que só financiam grandes operações.
Visto todo esse cenário, fica clara a eficiência dessa operação como oportunidade para aumentar a liquidez e a capacidade de investimento, além de possuir grandes indicadores de crescimento para os próximos anos.
(*) – É diretor executivo da MBRAS, uma inovadora e exclusiva Boutique de Imóveis, especializada em imóveis de alto padrão (https://www.mbras.com.br/).