Luiz Henrique Miranda (*)
Eu respeito a direita, o centro, a esquerda e as possibilidades combinatórias das três. Atendo a todos com hospitalidade.
Busco sempre qualificar os serviços que oferto para todas as pessoas, sem nenhum tipo de discriminação. Todos são bem vindos. Meu nome é Turismo. Respondo por 8% do PIB do nosso país. Em âmbito mundial, garanto renda para uma em cada nove pessoas da população economicamente ativa (PEA). Por isso, eu ganho destaque no ranking mundial dos setores que mais geram postos de trabalho.
Tenho enorme potencial para distribuir renda. Infelizmente, minha atividade é considerada secundária pela maioria das políticas públicas, nas instâncias municipal, estadual e federal, salvo as honrosas exceções. Por isso, a extensa rede produtiva que alimento sofre.
Agências de viagem emissivas e receptivas, que atendem os mais diversos perfis de demanda. Operadoras turísticas; companhias aéreas, rodoviárias e marítimas. Resorts, hotéis, pousadas, hostels, restaurantes, bares, locadoras de automóveis, aplicativos de mobilidade urbana e o comércio em geral.
Artesãos, músicos, produtores culturais, de eventos, fornecedores de alimentos e bebidas; enfim, os mais de 50 setores econômicos que são impactados direta e indiretamente por mim, enfrentam dificuldades impostas pela guerra travada contra a Covid-19. Ainda assim, sou o primeiro a recomendar distanciamento social, uso de máscara e constante higienização das mãos, além de adotar os mais rígidos protocolos de biossegurança.
Contradição? Não. Ao contrário: priorizo o bem-estar de todos. Vivo de pessoas saudáveis e vivas na plenitude. No Brasil, em especial, vivencio experiências extraordinárias, contagiado pela alegria, solidariedade e receptividade dos brasileiros; a despeito daqueles que, há séculos, preferem dar as costas às riquezas naturais e culturais que possuem.
O Brasil é reconhecido mundialmente por ofertar aos turistas os mais valiosos atrativos naturais do planeta. E por ocupar a 8ª posição entre os países que ofertam atrativos turísticos culturais. Apesar disso, em 2019 o Brasil recebeu a visita de apenas 6,3 milhões de turistas internacionais. Ou seja: 4% a menos do ano anterior. Com a pandemia, tudo se agravou.
Clamo por sua ajuda, cidadã e cidadão brasileiro de nascimento e de coração! Façam o que está ao alcance da nossa competente capacidade de comunicação e premiada criatividade para divulgar o que temos de melhor, até chegar aos ouvidos das autoridades esse apelo irrefreável por socorro. Permitam-me sobreviver, para evoluir e ser reinventado.
Viva o Turismo no Brasil, com responsabilidade!
(*) – É Diretor Geral da Agência Amigo e de Comunicação e Marketing do Skål Internacional São Paulo e voluntário do Movimento Supera Turismo Brasil.