Gabriel Rodrigues (*)
Quando falamos de startups brasileiras, não podemos deixar de lado o exponencial crescimento que esse setor vem apresentando no país nos últimos anos.
Apesar da pandemia causar uma crise sanitária mundial, as startups souberam driblar esses problemas e explorar as inovações que oferecem ao mercado, aumentando seu campo de atuação. Apenas em 2020, elas apresentaram o melhor desempenho em captação de investimentos, de acordo com o relatório Inside Venture Capital Brasil, divulgado em janeiro pelo Distrito Dataminer.
Impulsionado pela alta demanda por ferramentas digitais, o setor somou US$ 3,5 bilhões em aportes, 17% superior aos US$ 2,97 bilhões levantados em 2019. Mas além dessa tendência de crescimento no país, as startups enxergam um novo mercado para ser explorado, o da internacionalização. Como vimos, os investimentos de 2020 são um dos grandes responsáveis pela expansão estrangeira, que é o processo de comercializar produtos ou serviços para fora do cenário nacional.
Assim, a empresa consegue desenvolver uma rede internacional de atuação, aumentando a capacidade de crescimento e garantindo acesso a conhecimentos importantes sobre o mercado em diferentes localidades. Dito isso, sabemos que esse é um passo muito importante e almejado pelos empreendedores, pois proporciona diversos benefícios que vão além do crescimento e do faturamento da companhia.
Alguns exemplos são a possibilidade de conhecer novos recursos, tecnologias e mão de obra capacitada que permitem a realização de melhorias na empresa. Mas não são só essas vantagens que explorar o mercado fora do país traz para sua companhia. Entre os benefícios está no aumento das oportunidades de investimento direto, já que a internacionalização amplia o networking e a rede de contatos, o que consequentemente, gera o aumento de oportunidades de investimento direto no seu negócio.
Desta forma, estender a atuação fará com que sua marca seja visível a nível global, expandindo as oportunidades. Há também a oportunidade de criar um diferencial competitivo pois, diferente do que alguns empreendedores pensam, ampliar a atuação internacional pode se tornar uma ferramenta de expansão que gera valor a nível nacional.
Ou seja, antes mesmo de ganhar o mercado nacional, o que é difícil no Brasil devido a competitividade, internacionalizar o negócio pode fortalecer a marca, aumentar as oportunidades e, com isso, apresentar diferenças competitivas tanto no exterior quanto no país de origem. Podemos entender que com a necessidade do mundo por inovações tecnológicas, a expansão das startups é bem-vinda e desejada por outros países, já que a oferta de novas soluções é necessária em qualquer parte do mundo.
O segredo para alcançar diferentes setores é saber contar com as ferramentas adequadas que te ajudem nesse processo, como por exemplo uma consultoria jurídica, uma aceleradora internacional ou até mesmo cursos que ajudem o empreendedor a se capacitar para a globalização. Não podemos esquecer que é importante conhecer e entender o mercado de destino, como é o público, a concorrência e como será a receptividade daquele local para seu negócio.
Estudando todas essas etapas, as chances de obter sucesso nessa expansão estará ao seu favor. Pense nisso!
(*) – É CEO e cofundador da Auvo, startup que oferece um sistema de gestão para empresas de prestação de serviços que possuem equipes ou técnicos externos.