Eduardo Ferraz (*)
Uma das principais características de alguém com ótimo poder de convencimento é o autoconhecimento.
Afinal, um bom persuasor sabe que não adianta aceitar atribuições que não domina, pois perderá credibilidade e, com isso, seu poder de convencer. Quem se conhece bem avalia rapidamente as oportunidades e consegue se posicionar com eficiência em diferentes situações.
Eficiência, aqui, significa priorizar o que tem grande chance de êxito e descartar, rapidamente, casos em que não tenha aptidão para fazer bem-feito. Pessoas com bom autoconhecimento possuem características marcantes. Confira algumas dessas características, aprenda a se conhecer melhor e, consequentemente, ser mais convincente:
. Conhecer seus pontos fortes: pontos fortes são aptidões naturais ou atividades em que a pessoa tem ótimo desempenho, mesmo com pouco esforço. Quem se autoconhece faz o possível para usar a maior parte de seu tempo no aprimoramento dos talentos. O detalhista, por exemplo, procurará atividades que tenham regras claras e em que possa ser reconhecido e valorizado por ser meticuloso;
. Conhecer seus pontos limitantes: pontos limitantes são pontos fracos que prejudicam seu desempenho atual. Quem se autoconhece sabe que precisa melhorar sua performance em algumas áreas nas quais não tem afinidade. Por exemplo, o impaciente sabe que precisará diminuir o ritmo em atividades que exijam precisão e controle, mesmo preferindo ser rápido na maioria das outras situações;
. Procurar ambientes em que possa atuar com “poucos filtros”: uma das situações mais estressantes para qualquer ser humano é passar muito tempo controlando seus comportamentos mais marcantes. Poder agir naturalmente se traduz em qualidade de vida e melhor desempenho;
. Ser autoconfiante: demonstrar confiança não significa arrogância, mas pleno conhecimento dos próprios limites.
Gente que se autoconhece costuma ser mais segura em seus argumentos, pois sabe mensurar sua capacidade de entregar o que promete. Isso gera uma reputação vencedora em seus posicionamentos. Afinal, para convencer, é preciso estar convencido!
(*) – É consultor em Gestão de Pessoas e autor do recém-lançado “Gente que convence – como potencializar seus talentos, ideias, serviços e produtos”, da Editora Planeta.