Dennis Herszkowicz (*)
A tecnologia foi e segue sendo um dos principais pilares de sustentação do Brasil e do mundo, evitando um colapso econômico e social ainda maior durante a pandemia.
Em suas muitas facetas, foi responsável por garantir que empresas pudessem seguir suas atividades remotamente, assim como também permitiu que serviços essenciais de saúde, educação, entre outros, continuassem a ser fornecidos mesmo em um cenário de distanciamento social. Agora, porém, a tecnologia assume um novo papel: o de protagonista da retomada econômica e de uma nova era de ganho de produtividade, que é o principal fator de enriquecimento sustentável da sociedade.
Hoje está claro a todos que os caminhos que nos trouxeram até aqui não serão os mesmos que nos levarão adiante. O grande segredo será se adaptar a essa nova realidade e garantir que as constantes transformações sejam uma oportunidade de evolução e não a ameaça de um retrocesso. Não vejo outra saída além do investimento em tecnologia, para que as empresas possam ter mais visibilidade e planejamento operacional, simular cenários, se antecipar às mudanças e responder rapidamente, garantindo mais produtividade e rentabilidade.
Ao longo da história, tecnologia e produtividade são praticamente sinônimos. Entramos em novas revoluções; Industrial e do Varejo. O uso em larga escala da digitalização, da nuvem, da inteligência artificial, entre outras inovações já está trazendo enormes ganhos aos pioneiros. Com o aumento das relações e transações virtuais, as empresas precisam estar presentes, de maneira integrada, em diferentes canais para se comunicar com clientes e atendê-los de forma simples, personalizada e efetiva.
Se essa estratégia estiver bem definida, com boas soluções e tecnologias integradas, a empresa certamente terá mais produtividade e maior número de vendas no final do mês, evitando desperdícios, quebras de estoques, melhorando fluxos de caixa e, inclusive, os indicadores de satisfação dos clientes. O combustível para essas revoluções é a inteligência de dados.
A companhia precisa estar ciente de que sistemas que permitam extrair informações precisas, relevantes, em tempo real e com custo acessível, para a tomada de decisões assertivas passa a ser essencial para que elas garantam um negócio mais competitivo. Ainda no cenário de tomada de decisão, outra tecnologia que também ganha um espaço importante é a inteligência artificial.
Ela é cada vez mais democrática, disseminando-se dentro das organizações com rapidez, em especial em atividades voltadas a transformar a avalanche de dados em informações relevantes para o negócio, assim como para atuar em processos repetitivos e manuais, permitindo que os profissionais priorizem tempo e esforços para tarefas estratégicas. Mais uma prova de que tecnologia e produtividade caminham juntas.
Ou seja, produzir mais, melhor e em menos tempo é o que deve nortear a boa aplicação da tecnologia nesses novos tempos. A antiga solidão da área de TI começa a ser substituída pela parceria com as áreas de Negócios. Portanto, Tecnologia passa a ocupar um papel estratégico dentro das organizações, sendo peça chave para garantir a automatização e simplificação de processos, acesso a serviços financeiros mais baratos e de melhor qualidade, além de soluções que ajudem a entender e atender com mais assertividade as necessidades dos clientes.
Os novos tempos exigem que os ambientes corporativos promovam mudanças significativas de estratégias e processos. Rapidez passa a ser a palavra chave. A pandemia mostrou que a tecnologia amplia os limites do que achamos possível. É tempo de finalmente usar todo o potencial da tecnologia para garantir maior produtividade das empresas. E seguiremos assim, nos atualizando, aperfeiçoando e tomando novos rumos conforme surjam os desafios. Afinal de contas, como brasileiros, somos especialistas em nos adaptar.
(*) – É presidente da TOTVS.