Reginaldo Gonçalves (*)
Estamos próximos às festas natalinas. Momento de união e alegria entre amigos e familiares
Mas teremos pitadas ruins de desemprego, dificuldades financeiras, empresas ruindo, escândalos, falta de transparência do governo, aumento de tarifas públicas e impostos – entre outros pontos. Já passamos por situações difíceis. Mas o ano de 2015 irá marcar um cenário novo. Ele poderá aflorar nos brasileiros o espírito de luta e criatividade que possibilite que as pessoas digam não. Isso para que os dirigentes lá colocados respeitem as pessoas das diversas classes.
O Natal se aproxima em meio à turbulência política e de desmandos. Já é possível ver alguns negócios antecipando as festas, tentando minimizar as perdas registradas ao longo dos meses e em busca de novos negócios – embora em período sazonal, mas, que poderá trazer algumas novidades que serão importantes.
O que esperamos é que, com a antecipação das festas natalinas, haja a busca por funcionários temporários, que aguardam um estímulo do mercado. Este não será um periodo melhor que o de 2014 – mas poderá minimizar a situação de alguns desempregados. Não que isso seja a solução: o desemprego continua e as indústrias estão a cada dia perdendo massa muscular e potencial de expansão e de novos investimentos.
O grande termômetro da economia em São Paulo não é simplesmente o Impostômetro na Rua Boa Vista ou a troca de ministros e enxugamento da máquina pública. Sabemos que isso dificilmente ocorrerá, em virtude dos acordos entre os partidos políticos que só pensam em aumentar os tributos e os preços administrados: gasolina, energia elétrica, transporte entre outros e salvaguardar o seu patrimônio particular em prejuízo aos eleitores.
A Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, considerado um dos pontos comerciais mais importantes do País, serve bem como exemplo do cenário da crise. O local registra queda no movimento. Esse é o espelho do que acontece com o País e é um forte indicador do que acontecerá com o Natal.
Percebe-se que o mercado, seja formal ou informal, acaba sendo evidenciado pelo tipo de consumo dos brasileiros por meio das compras, principalmente de pequenos presentes e lembranças para as pessoas pelas quais temos apreço. Por mais dificil que seja comprar a chamada lembrancinha, mesmo que customizada, sempre faz a diferença. A situação econômica não terá melhora até o final de 2016 e – pasmem, poderá se estender a 2017. A esperança da indústria para esse ano ainda é obter um faturamento que possa suportar o pagamento das despesas e manutenção dos empregos.
Independentemente da política e do mercado financeiro, embora com pouco reflexo, as vendas deverão ser aquecidas, principalmente por conta das pequenas lembranças e com alimentos que sejam de baixo custo. Mas estes itens diferenciados podem fazer a diferença nos dias difíceis, já que o orçamento dos brasileiros, principalmente que estavam na classe C e que podem migrar para classe D, em virtude da perda de qualidade de vida provocada por uma má gestão pública – está agonizando.
Mas que a época de Natal seja uma oportunidade para reunir as famílias e amigos. Um Natal que pode ser mais humilde, mas, com a esperança de dias melhores e uma reversão do processo que possa garantir o aquecimento e o retorno do emprego.
(*) – É coordenador do curso de Ciências Contábeis da Faculdade Santa Marcelina – FASM.