D.J. Castro (*)
Se eu pedir para que cite o nome de marcas famosas, quais vêm a sua mente, agora?
Provavelmente são empresas globais, que mesmo que não faça uso ou aprecie, a mensagem delas foi por você assimilada em algum momento. Sabe o que todas elas têm em comum? Um bom trabalho de marketing e branding aplicado com foco em posicionamento de mercado. Diferencial que as ajudou a se consolidar e agregar valor ao produto.
Branding, ou gestão estratégica de marcas, é um tema muito falado, mas que ainda precisa ser melhor compreendido e executado. Ainda vemos muitas empresas que não consideram sequer o marketing como algo estratégico, o que dizer do branding.
Mas sua importância fundamental no sucesso das empresas precisa ser valorizada, porque é o que acontece nos mercados mais desenvolvidos do mundo.
As marcas que vieram a sua mente com certeza foram criadas com base nesses conceitos. Esses nomes globais foram cuidadosamente construídos para terem conexões fortes com as pessoas. O Brasil ainda está muito mal no que se refere a marcas globais. Para mudar essa realidade, os empreendedores brasileiros precisam compreender o potencial incrível que existe quando branding e marketing são tratados de forma estratégica.
Nessa convergência é que está uma explosão de possibilidades e oportunidades reais de gerar inovação nos negócios e construir marcas muito mais fortes e resilientes.
Potencial inclusive para expandir os negócios além do regional e do nacional. De ir além e realmente transformar realidades. Já parou para pensar que poderíamos ter muito mais marcas brasileiras com atuação global? Por que isso não acontece?
O mundo gira em torno das marcas. Marketing e branding são algumas das armas mais poderosas do capitalismo. Mas é preciso saber usá-las. É preciso ter foco estratégico no potencial transformador dessas ferramentas poderosas. Inclusive para podermos mudar a nossa matriz de exportação, de commodities para produtos de alto valor agregado, por exemplo. Para termos muito mais produtos brasileiros reconhecidos por suas marcas nos mercados internacionais.
Ainda precisamos evoluir muito nesse sentido. Ainda tem muita marca que só incomoda com discurso incessante de venda. Marcas que insistem em focar no desconto e não na entrega de valor. Marcas que só pensam no curto prazo e em fazer truques. Marcas transacionais, que não se preocupam em construir relacionamentos de longo prazo. Marcas que, no fim, são apenas nomes para designar produtos ou serviços sem propósito. Marcas que não fazem a menor diferença.
As marcas líderes, as que criam movimentos, aquelas que realmente emocionam as pessoas, constroem conexões fortes e geram relacionamentos de verdade com gente de verdade, são as que sabem se posicionar, que vão muito além da identidade visual e de trends passageiras.
São essas marcas que realmente fazem a diferença no mundo. E esse mundo pode ser o seu bairro, o seu estado, o seu país e até o planeta. São elas que se conectam com o coração e a mente das pessoas. E vão além.
E você? Como quer posicionar a sua marca?
(*) – Especialista em Marketing e Gestão de Negócios, é fundador da Tsunami Lab e vice-coordenador do Núcleo de Inovação da Associação Empresarial de Blumenau (www.djcastro.com.br).
