Alex Araujo (*)
Hoje, tudo acontece muito rápido.
A movimentação do mercado empresarial pós Covid-19 é, constantemente, atualizada por diversas inovações tecnológicas que buscam aperfeiçoar técnicas operacionais com o objetivo de melhorar a produtividade de uma mesma equipe. O método vem de encontro com a busca incessante de resultados, em um mercado pouco promissor.
Para este ano, a taxa de juros da economia, a Selic, projeta um alcance mediano, se mantendo em 12,50%. Em contrapartida, o Boletim Focus, divulgado em janeiro, apontou que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), deve encerrar o ano de 2023 em 5,48% frente aos 5,39% previstos anteriormente. Caso a previsão seja alcançada, a renda familiar continua em declínio.
Com o baixo poder aquisitivo, famílias priorizam compras essenciais, como educação, saúde e alimentação, evitando gastos “fúteis”, o que prejudicou muitos empresários de pequeno e médio porte no reaquecimento econômico. Somente em 2021, 1.4 milhão de empresas fecharam as portas. Os segmentos mais afetados foram o comércio varejista, promoção de vendas e lanchonetes.
O cenário provocou uma mudança drástica na postura de diversos empreendedores, que tiveram que usar da criatividade, da tecnologia e da redefinição de estratégias para contornar a situação e reerguer uma companhia dentro do mercado. Uma empresa é formada por diversos segmentos com hierarquias distintas. Temos a área comercial, o recursos humanos, o administrativo e demais áreas de atuação.
Durante uma gestão de crise, é essencial que os gestores definam estratégias claras e de alto alcance. Investir na empresa é o primeiro passo em um cenário adverso. Melhorar a qualificação e os benefícios de seus colaboradores, aumenta a produtividade e os resultados da companhia.
Quando o funcionário entende que mesmo em um momento de crise, o gestor está olhando para o seu bem-estar e a sua qualidade de vida, o seu rendimento aumenta, em conjunto com a sua motivação para o encarreiramento.
Os gestores têm a função de conduzir as equipes durante os novos desafios e paradigmas vividos, aproveitando todas as mudanças e benefícios que esse momento pode trazer para a organização. Em toda e qualquer companhia, o gestor é o grande responsável pela condução das equipes na execução das tarefas, garantindo que elas sejam realizadas com excelência.
É comum que uma empresa nos primeiros anos de sua formação passe por altos e baixos, cometendo uma sequência de erros. Neste período, os gestores ainda tentam entender o funcionamento e os pilares de sua própria companhia. Já em um momento de crise, o profissional deve verificar quais as principais problemáticas e a melhor forma de resolvê-las.
Aqui, a postura qualificada de um líder é imprescindível. É seu dever passar segurança e força para sua equipe.
(*) – Formado pela FGV em Administração de Empresas e Gestão de RH, é CEO da 4life Prime Saúde Ocupacional (https://4lifeprime.com.br/).