Sérgio Lima (*)
Todo mundo tem uma história para contar. Por meio dela conseguimos mostrar de onde viemos, quais são os nossos medos, sonhos e onde queremos chegar.
Essa narrativa é conhecida como storytelling pessoal, e assim como nós, as marcas também têm histórias para compartilhar. Sua origem, lugares por onde passaram, funcionários que cruzaram o caminho e as dificuldades são os pontos centrais para a construção das conexões emocionais com seu público. E hoje, a perspectiva do brand storytelling já se tornou uma das principais estratégias de branding.
Como explicado anteriormente, o brand storytelling é a construção de uma história para comunicar a todos a identidade da marca. Ela engloba todas as definições da empresa, como propósito, valores, cultura, missão e personalidade. Vale comentar que todo passo dado diariamente também faz parte da construção dessa narrativa. Lembre-se, esse é o principal ponto de conexão e atração com seu público, pois não tem como contar uma história que não existe, então é essencial ser verdadeiro e autêntico neste momento.
Essa estratégia tem feito com que as empresas prendam mais a atenção de seus consumidores, visto que eles estão cada vez mais dispersos por conta da quantidade de informações diárias. A nova geração já não quer mais consumir produtos de marcas que se interessam apenas pela venda e sim daquelas que se comprometem com a sociedade e com o futuro do planeta.
Diante disso, é necessário ter um propósito e valores que se conectem positivamente com as pessoas. Histórias que mexem com as emoções e ativam a memória afetiva, acionam gatilhos de empatia e geram identificação. Isso fará com que o cliente sinta a necessidade de adquirir com a marca e não apenas a vontade do produto especificamente.
Existem diversas maneiras de colocá-la em prática, como por exemplo, algumas empresas utilizam vídeos institucionais ou posts de apresentação nas redes sociais. O que vale aqui é a criatividade, se faz sentido com sua essência e a interação que ela oferecerá para o público.
Além disso, a história não precisa ser contada de forma linear, elementos como lançamento de um produto específico, criação do logo, cultura organizacional e gestão de pessoas podem revelar uma narrativa diferenciada, mas que faz toda a diferença na hora da construção e apresentação de quem é a marca.
Por fim, acredito que, tanto para as pessoas quanto para as empresas, mostrar quem somos e no que acreditamos é essencial para nos cercamos de boas companhias. E é isso que o público representa para as corporações, seja qual for o segmento.
São eles que acreditam na nossa história, produto e fazem o nosso sucesso diário, então alimentarmos o propósito, contar a história e sermos autênticos pode ser um bom passo para a mudança dos negócios e de como vendemos. Temos muito o que acrescentar no mercado, esse é só o começo.
(*) – Publicitário e especialista em marketing digital e mídia de performance, é idealizador e apresentador do Afoitos Webcast.