Thiago Xavier (*)
Será que iniciar um processo seletivo no final do ano é uma boa opção? A melhor época para se conseguir um emprego é um debate frequente no mercado, apesar de, na prática, ser uma questão que pode ser facilmente respondida.
Afinal, quando uma empresa se vê na necessidade de contratar um profissional para compor sua equipe, é sempre recomendado que disponha do maior tempo possível para conduzir este processo, de forma que aumente a assertividade em atrair um talento qualificado perante os objetivos propostos, independente do período do ano.
Normalmente, os últimos meses do ano são marcados por diversas celebrações corporativas que podem trazer certos empecilhos ao recrutamento de novos profissionais. Por isso, aquelas que decidem, mesmo assim, abrir uma vaga, costumam demonstrar uma imagem mais séria e positiva ao mercado, no sentido de que estão focadas e dedicadas a encontrar um talento que componha seu quadro e agregue positivamente perante os objetivos desejados.
Para ganhar um jogo, é importante investir no treino e no preparo dos jogadores. Por esse motivo, não há por que esperar a virada de ano para iniciar o processo seletivo. O que irá pautar essa escolha são outros motivos mais relacionados às expectativas da contratante com este processo, assim como o quanto de informações precisa colher até que tome a decisão de quem irá assumir o posto em aberto. Por parte do candidato, certos pontos também merecem ser avaliados.
A virada do ano é um momento grande de renovação, assim como uma época convidativa para reflexões sobre nossa vida e, claro, sobre nosso trabalho. Devemos nos questionar se estamos satisfeitos em nosso emprego atual ou, no caso oposto, quais questões não estão nos satisfazendo e que precisam ser consideradas ao buscarmos uma nova oportunidade.
Estamos em uma época propícia para redirecionar os olhares para nós mesmos, como nos vemos no próximo ano e, acima de tudo, com qual tipo de empresa queremos nos relacionar. A reflexão vale tanto para a contratante quanto para os profissionais, de forma que possamos avaliar com mais profundidade os aspectos necessários e, com isso, termos uma maior consciência ao tomarmos uma decisão assertiva sobre nosso futuro profissional em 2024.
(*) – É sócio da Wide, consultoria boutique de recrutamento e seleção (https://wide.works/)