Marco Neuwiem (*)
A consolidação da tecnologia no meio corporativo pode ser evidenciada sob diversos aspectos, afetando segmentos e empresas variadas.
Dentro do contexto de finanças, em que um número elevado de fintechs encabeçam essa união entre inovação e serviços financeiros, a presença de ferramentas digitais tem se justificado na prática, como aliadas que vão além do aspecto processual, possibilitando a construção de jornadas transformadoras junto aos usuários. Nesse sentido, é natural que novas tendências continuem a surgir, estimulando a receptividade dos responsáveis por implementá-las.
Se os anos anteriores já foram extremamente positivos em termos de adesão tecnológica, a projeção é de que o futuro permaneça assim. Portanto, a fim de extrair o potencial por trás da próxima fronteira digital, personificada por alternativas que vão desde o lançamento de produtos a novas modalidades financeiras que correspondam às demandas do público, as fintechs investem cada vez mais em dinamismo e disrupção.
Não seria nenhum exagero afirmar que experiência é palavra-chave quando o assunto é inovação empresarial. Para o universo das fintechs, a condição é semelhante, sempre em busca de relações orientadas à inclusão financeira, em prol de mais harmonia e satisfação para os consumidores. Seguindo o princípio de clareza e segurança quanto ao gerenciamento econômico, o usuário está atento ao mercado e não aceita meios-termos, especialmente no que tange a gestão de suas finanças.
O Metaverso, por exemplo, traz o conceito de realidade aumentada para fundamentar um novo patamar de interações sociais, abrindo o leque de possibilidades estratégicas para organizações que fazem uso da Inteligência Artificial (IA). Se aplicado ao campo financeiro, as oportunidades são igualmente promissoras, deixando a cargo das lideranças a missão de converter a participação da IA em iniciativas alinhadas com os tempos atuais.
Outra tendência que tem se disseminado entre instituições financeiras e que devem pautar ações relacionadas à responsabilidade social dos negócios é a inserção de políticas de ESG (Environmental, Social and Corporate Governance) que, em tradução direta da sigla, se refere, respectivamente, a meio-ambiente, social e governança corporativa.
Será cada vez mais necessário, o investimento em medidas compatíveis com questões pensadas na sociedade, como projetos sustentáveis, programas de cunho social e um olhar humanizado para a gestão de pessoas. Tendo em vista este contexto, é preciso demonstrar, em termos práticos, qual é o real propósito de sua empresa, e a tecnologia pode ser um agente simplificador nesse cenário.
Enganam-se os que destinam o interesse do cliente somente à qualidade do produto e/ou serviço. Hoje, se posicionar em relação aos tópicos citados tem caráter de obrigatoriedade para as companhias brasileiras e as fintechs não estão fora dessa equação. O segmento nunca esteve tão aquecido, isso é fato.
Com o mundo olhando para o Brasil, sob a figura de investidores e startups de outros países que passarão a marcar presença no mercado nacional, é esperado que o nível de exigência fique nas alturas, criando uma concorrência intensificada para todos. Partindo dessa premissa, é possível concluir que a corrida para contar com novas ferramentas será bastante agressiva, fomentando um ambiente de aceleração digital que só beneficiará a competitividade entre as fintechs.
Logo, torna-se possível projetar um crescimento significativo para o setor, somado a um espaço de aprimoramento contínuo, escalável e que atenda às expectativas dos consumidores.
(*) – É CTO no Dank! Bank (www.dankbank.com.br).