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Cidades inteligentes: aumento da qualidade de vida da população

em Artigos
quarta-feira, 05 de janeiro de 2022

Sérgio Diniz (*)

Com o aumento da população cresce a necessidade por cidades inteligentes, que usam a tecnologia para solucionar os problemas de ineficiência urbana.

O planejamento e a gestão tornam-se extremamente complexos com a alta demanda por serviços públicos, como infraestrutura e mobilidade, saúde e segurança. No entanto, engana-se quem acredita que o uso das novas soluções beneficia apenas grandes cidades.

A tendência mundial é usufruir dessas tecnologias para conectar pessoas, governos e espaços em todas as escalas, especialmente quando pensamos que bairros, cidades, estados e países são interligados entre si.

Uma das premissas de uma cidade eficiente é o acesso e, por isso, além da instação e aplicação das tecnologias, é muito importante criar uma rede de fibra óptica que leve internet gratuitamente aos cidadãos de baixa renda, estudantes, professores e demais munícipes, permitindo que toda a população usufrua dos serviços e espaços oferecidos. O contrário disso seria fomentar a desigualdade social.

Um projeto tecnológico estratégico bem aplicado aproxima e equilibra, pois dá aos órgãos públicos uma visão precisa do que está realmente acontecendo em cada bairro, possibilitando a tomada de decisões assertivas utilizando menos recursos, algo como “ir direto ao ponto”. Com sensores que permitem medir, monitorar, registrar, automatizar comandos, atuar com agilidade e realizar melhorias, é possível sanar muitos dos problemas atuais enfrentados pelas cidades com pouco investimento inicial.
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Apenas no caso da mobilidade, um exemplo são as soluções inteligentes de trânsito, capazes de adaptar o tempo de abertura e fechamento dos semáforos de acordo com o fluxo de veículos do momento, liberando as pistas com maior movimento e evitando engarrafamentos. No caso de um acidente, o monitoramento feito com câmeras e sensores permite que o fluxo seja rapidamente redistribuído para que o menor número de motoristas e passageiros seja impactado.

Existem também painéis, instalados em pontos de ônibus, que mostram a localidade, trajeto e tempo de espera de cada rota do transporte público em tempo real, tornando todo o processo mais transparente para o usuário, que pode tomar decisões informadas e se programar. Com essa coleta de dados, é também possível solucionar problemas repetitivos e predizer eventos críticos.

Mais conectada, a população também ganha novos canais para se manifestar e colaborar para a manutenção da cidade, podendo fazer denúncias via aplicativo, por exemplo, sobre buracos de rua, falta de coleta de lixo, entre outros. A ideia é ter uma população mais participativa e engajada, que se sinta responsável pelo seu município de residência.

O conceito de cidade inteligente engloba também a sustentabilidade e qualidade de vida dos cidadãos, por isso, além da segurança e mobilidade urbana, é necessária a criação de mais espaços de lazer e convivência públicos, como parques e áreas verdes. Os gestores de uma cidade bem monitorada conseguem descobrir como otimizar os espaços públicos e transformar ou renovar áreas para permitir esse convívio.

Vale dizer que quanto mais conectada e eficiente é uma cidade, mais atrativa ela se torna para a população e para as empresas, ou seja, mais ela cresce economicamente, provando que a transformação digital é um círculo virtuoso sem fim.

Tecnologias bem aplicadas aumentam a capacidade de adaptação de uma cidade, garantindo agilidade em sua gestão mesmo em caso de eventos incomuns como aconteceu na chegada da pandemia. Fomentar canais de comunicação direta e confiável com a população é fundamental para manter a sensação de segurança em momentos críticos, evitando o caos.

(*) – É gerente de contas na Seal Telecom (www.sealtelecom.com).