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A formação cidadã sobre o trânsito em escolares

em Artigos
quinta-feira, 14 de junho de 2018

Roberta Somensi Sganderla (*)

A escola é um espaço de interação, que emerge espírito de comunidade, descobertas e construção.

Nessa comunidade as crianças vivenciam, através do lúdico, a resolução de problemas reais. Em uma proposta de cooperação entre os alunos participantes, que é a essência de viver socialmente, as crianças constroem, na escola, noções de respeito, igualdade, tolerância, solidariedade e cidadania.

Para que isso aconteça é preciso traçar rotas formativas que possibilitem a todos a convivência, a identificação e a incorporação de valores. Através de espaços de aprendizagem planejados, as crianças experimentam diferentes comportamentos sociais, e estes são acompanhados pelo olhar atento da professora que orienta, prova e ensina a questionar, sobretudo em relação às questões que ultrapassam interesses particulares e dizem respeito ao bem comum.

É o caso do trânsito. Mesmo ainda muito distante de viverem experiências como motoristas, as crianças observam o comportamento do adulto e criam suas primeiras referências enquanto cidadãos. Sabemos que os primeiros e maiores exemplos são os adultos responsáveis, criando hábitos que podem ser saudáveis, positivos e construtivos, ao mesmo tempo em que podem trazer más influências, mesmo nos pequenos gestos.

Por isso, o trabalho com a formação destes futuros motoristas, mas já cidadãos, é tão importante. A conscientização sobre a segurança no trânsito é formada a partir de várias atividades e ideias construtivas, dentro da família e da escola, ensinando sobre a importância de, no transito, cuidar de si mesmo e das demais pessoas.

Uma das formas mais eficazes de gerar consciência é o brincar. A ludicidade, o faz de conta, permite que a criança perceba-se no lugar do adulto que ensina e, assim, consiga compreender a proposta educativa, de forma mais clara. Capazes de opinar, criar e conscientizar, as crianças aprendem, brincando, que além de direitos, todo cidadão tem também deveres. No caso da criança, o uso da cadeirinha no banco de trás, do cinto de segurança, o cuidado ao atravessar a rua na faixa de segurança e de saber esperar o momento seguro para fazer as travessias.

Também podemos mencionar a importância da gentileza no trânsito. Adultos e crianças precisam ser mais gentis para que essa atitude seja multiplicada. O cuidado, o respeito e a responsabilidade do motorista e do pedestre ao conviverem no trânsito, são essenciais para reduzir acidentes. Em parceria com as famílias, a escola aborta temáticas do cotidiano das crianças fortalecendo os conhecimentos que são adquiridos ao longo da jornada estudantil e de vida de cada pequeno cidadão.

Embora cada instituição tenha o seu papel, os valores precisam ser mutuamente trabalhados para que a consciência responsável seja cada vez mais estabelecida na vida de cada criança.

(*) – É coordenadora psicopedagógica no Colégio Marista São Francisco, do Grupo Marista.