Rodrigo Takeuchi (*)
A falta de cultura do brasileiro em ter um planejamento financeiro para o seu cotidiano e para garantir sua aposentadoria coloca em risco o futuro de uma geração que pode não ter o INSS com recursos o suficiente para suprir as necessidades financeiras.. Importante destacar que a organização das finanças é fundamental para a proteção contra imprevistos e para alcançar objetivos pessoais ou profissionais. A boa notícia olhando esse cenário vem da agenda que está sendo implementada pelo Banco Central do Brasil, o Open Finance e mais recente o DREX (nome para o Real Digital) devem ser parte relevante da solução para o problema brasileiro. E para tentar facilitar o ingresso do planejamento na vida financeira estão sendo criados os chamados SuperAplicativos ou SuperAPP’s. Tema esse que ganhou ainda mais relevância após o recente seminário do Banco Central onde Roberto Campos Neto, presidente do BC, destacou a importância dos Super Aplicativos Financeiros. São ferramentas que reúnem todo fluxo financeiro, seja fluxo de caixa, saldos, limites de crédito, investimentos e demais produtos de diversas instituições bancárias em um mesmo aplicativo. A ideia principal é que com essa centralização de informações, a pessoa consiga ter um cenário mais concreto de seus gastos, despesas e receitas.
Vale lembrar que o brasileiro, em média, possui cerca de cinco contas em bancos diferentes e mais de quatro cartões de crédito disponíveis para o consumo. Essas informações estão espalhadas em aplicativos diferentes, com layouts diferentes e uma enorme diversidade de oferta de produtos não personalizados para cada cliente.
Com esse quadro da vida financeira reunida em um só lugar, o que se espera é que os brasileiros consigam se organizar melhor e tomem melhores decisões, pois terão melhor informação para agir pensando em suas finanças de maneira holística. Dessa forma o planejamento financeiro que era algo para pessoas que já tinham um conhecimento financeiro prévio, agora será popularizado.
Otimizar os gastos para conseguir acumular mais dinheiro, investir esses recursos com visibilidade de quais projetos de vida são possíveis sem deixar de contribuir para a formação do patrimônio para aposentadoria, será uma realidade para a grande maioria dos brasileiros.
A hiperpersonalização será possível dentro dos superAplicativos, abrindo um caminho para que todos os entes do sistema financeiro possam oferecer uma solução mais customizada para seu cliente. Como exemplo podemos falar em portabilidade de crédito a taxas mais atrativas, investimentos mais alinhados aos projetos futuros da pessoa, descontos e benefícios alinhados ao padrão de consumo do cliente.
Para esse cenário se tornar realidade na vida dos brasileiros vamos precisar que empresas desafiem o status quo atual do mercado, a proposta de valor é enorme para o cliente, mas não serão todas as instituições que estarão preparadas para oferecer essa tecnologia e conseguir atender o cliente dessa maneira. O desafio de migrar o valor do produto financeiro para o serviço financeiro se configura como principal entrave da indústria.
A adoção desses SuperAplicativos pelos brasileiros pode se configurar em educação financeira na prática, aprender vivendo a vida financeira dia após dia. A praticidade de sair do caderninho e da planilha para um aplicativo que tira todo o trabalho da pessoa se organizar, parece um bom motivo para animação.
E nesse caminho surge o aplicativo Serafin, que tem como objetivo principal diminuir a complexidade da jornada financeira pessoal, pois sua usabilidade foi desenvolvida por uma equipe que tem expertise de décadas na área do planejamento financeiro. Assim, o app reúne toda a automação que o open financeiro traz para o dia a dia das pessoas, mas o diferencial é ter disponível um mentor financeiro para todo momento que ficar complexa a jornada financeira, seja por conhecimento limitado ou mesmo falta de tempo.
Portanto, o brasileiro pode se animar, pois já é possível acessar ferramentas que tragam para ele essa jornada financeira facilitada e totalmente alinhada com seus objetivos. Nos próximos meses essa agenda do Banco Central do Brasil deverá mudar a maneira com que os brasileiros enxergam sua relação com o dinheiro, mudança essa fundamental para melhorar as condições financeiras das pessoas e colocar todos no caminho da acumulação de capital necessária para aposentadoria.
(*) É CEO da Serafin.