Algodão em pluma, banana, batata inglesa, café, cana-de -açúcar, milho e trigo estão entre os produtos com melhor desempenho
O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de 2022 deve alcançar R$ 1,227 trilhão, 2,4% acima do obtido em 2021, que foi de R$ 1,199 trilhão, conforme dados de março.
A estimativa de janeiro indicou um crescimento real do VBP de 4,3%, quase o dobro do crescimento observado em março. A estiagem no Sul do país durante os meses de plantio foi o que mais impactou os resultados.
O valor das lavouras cresceu 7,5%, e o da pecuária, sofreu uma retração de -8,5%.
Os produtos com bom desempenho do VBP são: algodão em pluma, aumento real de 42,2%; banana, 17,7%; batata inglesa, 11,4%; café, 55,7% (conillon e arábica); cana-de -açúcar, 28,4%; feijão, 8,7%; laranja, 10%; milho, 24,1%; tomate, 32,6%; e trigo, 4,8%.
“Esses resultados podem ser atribuídos, em geral, aos aumentos de produção e aos preços. Nesse grupo, destacamos a contribuição de produtos relevantes, como cana-de-açúcar, café, algodão e laranja, que deram grande impulso ao VBP. Entre os produtos que têm apresentado pior desempenho estão soja e arroz, afetados por redução de preços e por menor produção”, informa nota da Secretaria de Política Agrícola, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Em relação à pecuária, houve retração, motivada pela queda de preço, redução das exportações (quantidade) no primeiro trimestre e os preços dos insumos para as rações, especialmente para suínos e frangos, e leite. “Além da redução da quantidade exportada de carne de frango, houve redução de 42,6% nas exportações de carne suína em relação ao trimestre de 2021, e redução de 18,0% na quantidade de carne bovina”.
Já a Região Sul foi a mais afetada pela seca, apesar de todo o impacto ainda não ter sido registrado. “Produtos importantes ainda encontram-se em campo, como o milho de segunda safra, e o trigo cujo plantio ainda está iniciando. A retração da produção de soja e milho foi acentuada, como mostraram os levantamentos divulgados em março pelo IBGE e Conab”.
A quebra na safra de soja no Rio Grande do Sul é estimada em 50,8%; a do milho, 32%, e a do arroz irrigado, 11,1%. Para toda região, a perda de safra de soja foi de 44,2%, equivalente a 19 milhões de toneladas de grãos.