Startup do agro tem apostado em flexibilidade e maior autonomia de seus times operacionais para atrair novos talentos de tecnologia
O ano de 2020 foi muito desafiador, principalmente para o agronegócio. O setor, que não pode parar, precisou adaptar a sua forma de atuação e incorporar ainda mais a tecnologia no seu operacional, salvaguardando o afastamento interpessoal e garantindo a produtividade que era esperada em todos os seus segmentos.
Conhecido como o adotante precoce de quase todas as tecnologias, depois do choque de adaptação forçado, o agronegócio utilizou-se da oportunidade e expandiu seus horizontes com competência, trazendo o campo para os centros urbanos sem perder a essência do produtor rural.
Quase três anos depois, as startups do agro continuam adotando essas novidades, liderando a flexibilização do trabalho presencial no setor, e atraindo novos talentos em todo o território nacional para atuar em segmentos estratégicos, especialmente da porteira para fora.
Gabriela Silva de 21 anos, residente de Natal (RN), aprova as vantagens que o trabalho remoto lhe proporciona: “A possibilidade de ter um trabalho remoto sempre foi uma meta pessoal. Aprecio a flexibilidade de poder trabalhar de qualquer lugar tendo o meu notebook em mãos. Organizando o meu tempo de trabalho, é possível realizar as entregas que precisam ser feitas e cuidar das minhas demandas pessoais, viajar, me mudar, o que for…”.
A jovem, que trabalha na área de desenvolvimento da Tarken, acredita que assim como ela, muitos jovens buscam a flexibilidade para conciliar, da melhor forma, o trabalho com os estudos. “Ainda estou terminando a faculdade e estudo em tempo integral, várias vezes por dia preciso intercalar o trabalho nas janelas das aulas, que não são seguidas. Isso tem sido primordial para mim”, relata.
Embora o trabalho remoto já tenha se tornado um tema comum dentro das empresas, muitas pessoas ainda preferem se abster desta realidade que, de fato, pode não ser aplicável para todos os colaboradores e nem para todos os cargos.
“Na Tarken nós temos times 100% remotos e times 100% presenciais, este último é especificamente nosso time de negócios, que precisa de uma maior agilidade e assertividade na troca de informação, principalmente da liderança, algo que nós percebemos ser mais complexo quando estamos todos remotos”, explica Beatriz Esteves, gerente de Marketing da Tarken. “Já o nosso time tech é quase totalmente remoto, porque entendemos que eles já têm uma maior praticidade e familiaridade com o ambiente virtual, e que dificilmente renunciariam a flexibilidade do remoto para estar presencial. Propiciar o modelo remoto foi super importante para conseguirmos atrair talentos. Abrir este leque foi um diferencial para que pudéssemos ter uma plataforma robusta e de qualidade como temos hoje”.
Empresas que adotam este tipo de modelo de trabalho, entendem que a melhor maneira de garantir o atingimento dos resultados, não se prende a localização geográfica de um colaborador. E sim, no equilíbrio entre o contexto de negócio e o compartilhamento de valores.
A grande preocupação, segundo Beatriz, é não deixar que a troca do dia a dia que acontece no presencial fique apenas no escritório. Para isso, a startup realiza reuniões periódicas (dailys e reuniões gerais de liderança), além promover integração entre as pessoas, como estimular que os colaboradores estejam fantasiados em reuniões de datas festivas, como Halloween, e que participem de ações como amigo oculto, ações que atuam na construção do sentimento de pertencimento de um time. “Este sentimento de pertencimento é a parte em que nós, liderança e comunicação interna, nos preocupamos sempre”, explica.
Um outro diferencial relevante entre trabalho presencial e remoto é que o time presencial tem maior facilidade em agendar encontros e organizar eventos internos, mas é possível proporcionar a todos ótimos momentos. Afinal, uma empresa que tem como missão digitalizar o mercado de crédito agro, precisa adotar práticas digitais que promovam transparência no fluxo de informação interno.
“Quando temos pizza no escritório, por exemplo, buscamos proporcionar para todo o time remoto um cupom de desconto em aplicativo de comida, se temos festa no presencial buscamos enviar um kit festa com comes e bebes também para o time remoto. Buscamos criar um paralelo para que todos se sintam acolhidos e pertencentes à empresa”, Beatriz complementa..
Existem benefícios e malefícios em cada um dos modelos adotados, e uma parte muito relevante é o colaborador saber em qual destes modelos ele se enquadra mais e melhor. Atualmente, restringir uma empresa ao modelo presencial de trabalho pode ser um fator limitante na contratação de bons profissionais, capazes de agregar valor ao time. Aderindo às diferentes possibilidades de modelo de trabalho, as empresas e o agro como um todo tendem a perceber que o crescimento e a expansão do setor caminham melhor.
Beatriz finaliza afirmando “Aqui na Tarken, acreditamos que equipes de pessoas inteligentes e dedicadas, trabalhando com autonomia, maestria e propósito, podem realizar coisas extraordinárias, independente da sua localização”.