Segundo dados da Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Cerrado conta com 41% do rebanho nacional e, nas duas últimas décadas, as áreas convertidas em pastagens somaram 29 milhões de hectares, conforme o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). No mesmo período, o Brasil triplicou a quantidade de carne exportada, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (ABIEC), e estar em evidência no mercado traz implicação para o sistema de produção.
O Cerrado é o segundo maior bioma em extensão no Brasil, com uma das maiores biodiversidades do planeta, e abriga oito das doze bacias hidrográficas nacionais. “Atualmente os consumidores internacionais, investidores, varejistas e instituições financeiras procuram informações sobre a produção de carne na região porque não querem comprar ou investir em produtos que possuam impacto socioambiental negativo”, avalia o engenheiro agrônomo Francisco Beduschi Neto, líder da National Wildlife Federation (NWF) no Brasil. Nesse cenário, diferentes atores da cadeia buscam formas de contribuir para uma produção cada vez mais sustentável de forma a se manterem competitivos e ampliarem o acesso aos diferentes mercados.