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Controle da murcha de Fusarium é fundamental para tomaticultores

em Agronews
sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Imagem: Foto: Rede Sonhagro

A murcha de Fusarium é uma doença de grande importância em tomateiro, podendo inviabilizar o cultivo em determinadas regiões ou épocas do ano. A doença é causada pelo fungo de solo Fusarium oxysporum f. sp. lycopersici, o qual apresenta distintas raças fisiológicas, das quais pelo menos três já foram identificadas no Brasil.
De acordo com a Embrapa Hortaliças, as raças 1 e 2 predominam na maioria das áreas de produção de tomate de mesa, enquanto a raça 3 é mais restrita, porém vem se espalhando de forma lenta e gradativa aos estados produtores. Já temos confirmada em áreas de produção de tomate de mesa dos estados do Espírito Santo, Rio de Janeiro, Bahia, Minas Gerais, Pernambuco Ceará e São Paulo.
Nas últimas décadas, a doença não apresentava grande importância na cultura, pois as cultivares plantadas apresentavam resistência efetiva contra as raças prevalecentes do patógeno (1 e 2). Entretanto, com o aparecimento da raça 3 nas áreas de produção dos estados mencionados acima, a doença voltou a fazer parte dos principais problemas fitossanitários da tomaticultura.
A doença ocorre em qualquer época ou fase de desenvolvimento do tomateiro, mais frequentemente em plantas adultas a partir dos estágios de florescimento e frutificação.
Quando presente na área de cultivo, o fungo pode sobreviver no solo e em restos culturais de uma estação de cultivo para outra, ou períodos mais longos na forma de estrutura de resistência, conhecida como clamidósporo, que possibilita a sobrevivência do patógeno de forma viável por até oito anos no solo, mesmo na ausência do hospedeiro. Além dos clamidósporos, nos restos culturais contaminados são produzidos numerosos esporos do fungo, conhecidos como macroconídios e microconídios que, assim como as hifas do fungo, são responsáveis pela infecção das plantas.