Renata Vicentin (*)
No fim de abril o Banco Mundial divulgou relatório informando que a alta de preços de energia e alimentos no mundo veio para ficar e que o pico dos preços deve ocorrer durante esse ano e persistir até o final de 2024.
Num cenário de crise inflacionária, preço da energia nos últimos dois anos sendo o maior desde a crise do petróleo de 1973 e a alta nos preços de alimentos e fertilizantes é a maior desde 2008, a guerra na Ucrânia se tornou um fator para ampliar um problema que já tinha uma grande dimensão, aumentando os preços de commodities como nunca visto desde os anos 1970.
Nesse contexto o agronegócio precisa ter uma atuação inovadora e estratégica para a redução de custos na cadeia de fornecimento, incentivando o exportador e beneficiando o fornecedor com o desenvolvimento de uma estratégia colaborativa que permita ganhos em todos os elos da cadeia produtiva.
No Brasil os custos das commodities agrícolas atingiram recordes nos primeiros meses de 2022, segundo o IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Por aqui os preços dos produtos sofrem os mesmos reflexos de fatores globais, como os econômicos, os sanitários e os bélicos, além dos regionais, como a crise hídrica no Sul do País.
Globalmente, apenas em 2022 o valor da energia tende a aumentar em mais de 50%, mas que chega a 100% no caso do gás natural e 80% para o carvão. Já nos alimentos, um dos maiores aumentos deve ocorrer com o trigo, de 40%, enquanto na soja será de 20%.
Um bom exemplo desse aumento de preços acontece com o milho. A Ucrânia é uma das principais fornecedoras dessa commodity e tem um peso gigante para sua comercialização. Pressionado pela guerra, o milho registrou alta nos preços e aqui no Brasil a saca bateu os R$ 100,00 no primeiro trimestre do ano, recorde da série histórica iniciada em 1996 do Cepea/USP. Como comparação, no mesmo período do ano passado, a mesma saca custava cerca de R$ 85,00.
E ainda existe o fator China, que segundo informações do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos – USDA confirmadas pela Administração Nacional de Alimentos e Reservas Estratégicas de Pequim, deve controlar 69% das reservas de milho, 60% das reservas de arroz e 51% do trigo de todo o mundo já no primeiro semestre de 2022 – um estoque suficiente até o fim de 2023.
A Becomex conhece a fundo os desafios deste cenário e entende que uma maneira de potencializar a eficiência, margem, capital de giro e aumentar a competividade é a aplicação de uma gestão integrada e inteligente Regimes Especiais.
Uma estratégia integrada e inteligente ganha relevância em um cenário de alto custo de importação, comprometimento de margens e incerteza de contexto futuro. Existem fatores que não estão no controle dos importadores, por isso é importante que a agroindústria esteja atenta a parcerias estratégias e integração dos elos das suas cadeias produtivas.
Como os Regimes Especiais vigentes foram criados para aumentar a competividade das exportações brasileiras perante o mercado internacional e a crise bélica no Leste Europeu apresenta uma oportunidade de fornecimento que a Rússia e a Ucrânia perderam por conta da guerra, existe uma excelente oportunidade para o Agronegócio inovar a forma de planejar e fazer negócios.
É muito importante que as empresas busquem um maior aproveitamento dos benefícios fiscais, monetizando créditos tributários e incrementando seu fluxo de caixa.
A Becomex é capaz de atuar lado a lado com o Agronegócio e promover a diminuição dos acúmulos de créditos tributários, o aumento do fluxo de caixa e a redução de custos, pois é líder em Regimes Especiais no Brasil, pioneira no desenvolvimento de uma estratégia colaborativa que permite ganhos em todos os elos da cadeia produtiva e atua com uma forte base de alta tecnologia.
Especialista nas áreas de Supply, Fiscal, Tributária e Aduaneira, a Becomex trabalha com mais de mil grupos econômicos, entre eles as maiores empresas do país, tem como pilares o conhecimento multidisciplinar dos mais de 500 colaboradores e a tecnologia avançada desenvolvida em suas fábricas de software.
(*) É Gerente de Contas Estratégicas da Becomex