306 views 2 mins

Brasil deve se manter no topo das exportações de óleo de amendoim em 2024

em Agronegócio
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

No início desse mês, cerca de 250 produtores de amendoim, pesquisadores, beneficiadores, investidores e outros profissionais do segmento se reuniram em Itaju (SP) para falar sobre as expectativas do mercado para a safra de 2023/24 e apresentar as principais novidades em pesquisa e desenvolvimento de variedades e linhagem de sementes, que devem ajudar a confirmar a liderança do País na exportação de óleo amendoim.

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), mesmo sendo apenas o 12º produtor de amendoim do mundo em 2023, o Brasil detém o primeiro lugar na exportação de óleo de amendoim, com 86 mil toneladas comercializadas.

Para Rodrigo Chitarelli, diretor presidente da CRAS Brasil e responsável por organizar o evento em Itaju (SP), a liderança brasileira poderia ser muito mais folgada. “O mercado chinês, responsável por 80% das compras do óleo de amendoim brasileiro, demandou ainda mais o nosso produto no último ciclo. Em 2023, todo o volume que produzimos, vendemos. Se incentivarmos o plantio, aumentando a colheita e proporcionando um grão com melhor qualidade, teremos uma maior produção de matéria-prima e conseguiremos crescer a quantidade de óleo exportada de forma natural”, comentou o executivo. Ele ressaltou também que, atento às oportunidades de evolução do mercado, dobrou a capacidade instalada da sua fábrica no último ano, passando a ter potencial de produção de 400 toneladas do produto por dia.

Conforme dados da CONAB, a safra 2023/24 de amendoim deve ter números positivos no país, com um aumento de 15% de área plantada e de 2% na produção. Essa diferença no percentual entre plantio e produção é justificada principalmente pelo clima.

“As provisões são permeadas por expectativas que consideram queda em produtividade com consequências para a produção. As condições climáticas, chuvas irregulares e altas temperaturas pontuam esse cenário que também pode comprometer a qualidade do grão”, comentou uma das palestrantes do evento em Itaju, Renata Martins Sampaio, pesquisadora científica do IEA – Instituto de Economia Agrícola – ligada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Governo do Estado de São Paulo.