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Paulistanos confiam pouco nas instituições públicas, diz pesquisa

em Manchete
quarta-feira, 24 de janeiro de 2018
Rovena Rosa/ABr

Rovena Rosa/ABr

Somente 11% confiam na Câmara Municipal e 16% no Tribunal de Contas do Município.

Pesquisa da Rede Nossa São Paulo mostra que somente 11% dos paulistanos confiam na Câmara Municipal, 16% confiam no Tribunal de Contas do Município (TCM) e 19% nas prefeituras regionais. A prefeitura de São Paulo tem a confiança de 23% dos paulistanos. Somente o Metrô atingiu índice de confiança acima de 50% entre as 13 instituições e empresas públicas pesquisadas. Foram entrevistadas 800 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 8 e 27 de dezembro de 2017.
A prefeitura é considerada ótima ou boa por 15% dos entrevistados; 43% consideram a instituição regular e 41%, ruim ou péssima. Para 12% dos entrevistados, as prefeituras regionais são ótimas ou boas; para 38% são regulares e para 46% são ruins ou péssimas. A nota para a qualidade de vida na cidade passou de 5,4 para 6,0. Com relação à qualidade de vida individual, 4% disseram que melhorou muito; 17% disseram que melhorou um pouco; 41%, que ficou estável; 25%, que piorou um pouco; e 13%, que piorou muito.
Pelo menos 61% dos entrevistados afirmaram que se mudariam da cidade se pudessem, e 39% disseram que não se mudariam. Na pesquisa anterior esses percentuais foram de 68% e 30%, respectivamente. Com relação à Câmara Municipal, 5% dos cidadãos avaliam a instituição como ótima ou boa, 22% como regular e 67% como ruim e péssima. Quando questionados sobre sua participação nas atividades da Câmara, 92% disseram que não participaram de nenhuma nos últimos 12 meses. Mais da metade (55%) não se lembram em que vereador votaram nas últimas eleições.
Para 68% dos entrevistados da Rede Nossa Paulo o que provoca mais medo no cotidiano da cidade são os assaltos e roubos, seguidos de violência em geral (58%), sair à noite (29%) e tráfico de drogas (28%). Entre as ações mais importantes para diminuir a violência foram apontados os investimentos em educação de qualidade para jovens de baixa renda (36%), combate à corrupção na polícia e nos presídios (28%), criação de oportunidades de trabalho para jovens de baixa renda (26%). Sobre a espera por vagas em creches municipais, 39% dos entrevistados responderam que precisaram esperar pela matrícula. Entre eles, 56% afirmam ter esperado mais de seis meses por uma vaga. O tempo médio de espera para vagas nas creches municipais é de 283 dias (ABr).