André Zukerman (*)
O mercado de leilão de imóveis sempre foi visto como uma alternativa disponível apenas para um seleto público com interesse em realizar investimentos por meio da compra e venda de residências, terrenos e escritórios.
Porém, com o constante crescimento da tecnologia e o fácil acesso às informações e a queda de juros, esse mito caiu por terra. Nos últimos dois anos houve um aumento significativo na quantia de visitantes pessoa-física cadastrados: registramos alta de 32% no número de usuários em nossa plataforma em 2017, totalizando em 83% a quantia de usuários pessoa-física cadastrados.
Os motivos para o segmento ser atrativo também para consumidores finais são diversos. Para quem deseja adquirir um imóvel, existe a questão da precificação: em leilões, há até 60% de desconto sobre o valor de mercado. Além disso, podemos citar a transparência e segurança: todas as informações são disponibilizadas antes do processo, permitindo que os possíveis compradores saibam, com antecedência, sobre toda a situação do imóvel. Nesse meio não existe especulação.
O leilão inicia pelo valor de anúncio e as ofertas devem respeitar um número de incremento mínimo, o que possibilita que os usuários tenham maior controle sobre os lances. Nesse meio a quantidade de opções é vista como diferencial: existe um grande volume de imóveis em leilão em diferentes regiões do Brasil acontecendo simultaneamente, o que garante maior variedade e diversidade aos clientes interessados na aquisição, seja para investimento ou moradia.
Os compradores, entretanto, devem evitar agir por impulso, realizando algumas tarefas antes de participar, de fato, de um leilão. Dentre as principais ações que antecedem, é essencial que o usuário realize uma pesquisa de mercado para verificar o valor dos imóveis na região e, também, a proximidade de locais de interesse, como mercados e farmácias.
Estabelecer um planejamento e não se deixar levar pela emoção é fundamental: no calor do momento os compradores podem se exaltar e extrapolar o limite planejado. Para evitar essas situações, é essencial estabelecer um preço máximo e, caso alguém realize alguma oferta superior, manter o controle e não oferecer acima do preestabelecido.
(*) – É diretor da Zukerman Leilões, empresa referência em leilões imobiliários. (www.zukerman.com.br).