O governo federal não deve colocar a reforma da Previdência para votação se não tiver os votos necessários para aprovação da pauta, avalia o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira.
“A estratégia de ‘tudo ou nada’ não é boa em qualquer situação”, declarou a jornalistas, após participar do “Fórum Estadão – Infraestrutura: Investimentos e Geração de Empregos”, realizado ontem (13), na capital paulista.
O governo, explicou o ministro, está fazendo esforços para votar a proposta “o quanto antes”. Dyogo reconhece que a pauta só deve ir ao Plenário quando o número estiver garantido. “Temos de por a Previdência em votação no momento em que avaliarmos viável a aprovação”. A sustentabilidade do ritmo de crescimento do PIB em 2017, assim como a perspectiva de aceleração da atividade econômica nos próximos anos, está diretamente condicionada à aprovação da reforma da Previdência, declarou Dyogo.
“O cenário econômico de crescimento está baseado na realização de reformas. À medida que não avance, é evidente que haverá uma correção destas expectativas. A reforma da Previdência é o principal divisor de águas entre crescimento alto ou baixo do PIB nos próximos anos”, afirmou Dyogo. A Previdência Social, ressaltou o ministro, ocupa atualmente 57% das despesas do orçamento federal. Sem a implementação da reforma, o horizonte da trajetória dos gastos previdenciários é de crescimento para além da capacidade de pagamento do governo (AE).