O presidente da Petrobras, Pedro Parente, disse que está confortável em seu cargo, mesmo em meio à crise de credibilidade pela qual passa o governo federal e o presidente Temer. Em um discurso duro contra o que chamou de “quadrilha” que provocou prejuízos à estatal, Parente afirmou que trata apenas de assuntos ligados à estatal e que se sente “confortável” no cargo.
“Tenho total autonomia que nenhum outro presidente teve. O que diz respeito à Petrobras, o apoio tem sido incondicional, para fazer o que precisa ser feito e fazer certo, minhas palavras têm a ver com a indignação pessoal como brasileiro contra qualquer iniciativa que possa constranger a busca e a identificação de atos corruptos em nosso país”, afirmou.
Parente participou de uma cerimônia na sede do Ministério Público Federal (MPF), em Curitiba, na qual foram entregues simbolicamente R$ 653,9 milhões desviados em casos de corrupção para os cofres da Petrobras. Com isso, o total de recursos devolvidos para a Petrobras desde o início da Operação Lava Jato chega a R$ 1,4 bilhão e o valor total pode chegar a R$ 10,8 bilhões. Essa foi a décima devolução de recursos à Petrobras desde maio de 2015, originados de acordos de colaboração e de leniência com executivos das empresas Andrade & Gutierrez, Camargo Correia, Braspen e Carioca e SOG.
Parente ressaltou que a Petrobras, entre todas as empresas envolvidas nos casos de corrupção, foi a única que não se beneficiou. “A Petrobras não se beneficiou de nenhum novo contrato, nenhuma nova obra, não teve nenhuma vantagem, somos a única vítima”, analisou.
Para ele, a empresa está sendo passada a limpo. “A Petrobras vem fazendo seu dever de casa, temos uma empresa totalmente diferente”, disse, citando alterações realizadas no âmbito administrativo (AE).
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