O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, avaliou ontem (27), em São Paulo, que a pergunta feita mais cedo pelo deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), sobre se alguém choraria se a Coreia do Norte jogasse uma bomba e atingisse o Congresso brasileiro, é uma “declaração perigosa”.
Bolsonaro foi aplaudido ao fazer a declaração no evento Amarelas ao Vivo, promovido pela revista Veja.
“Temos de tomar cuidado com essas declarações de efeito que geram aplausos”, avisou. O presidente da Casa comentou que também faz críticas, mas sempre dentro do respeito à democracia. Sobre denúncias contra o presidente Temer, Maia considerou que, se tivesse voto, teria votado contra a aceitação das duas peças. “As denúncias precisariam de aprofundamentos maiores para se afastar um presidente”, afirmou.
Maia falou também sobre a crise no Rio e eleições. Defendeu a reconstrução do Estado. “Rio passa por crise enorme e temos que reconstruir o Rio; MP está trabalhando”, destacou. Sobre possível candidatura no pleito de 2018, esclareceu que é candidato a deputado. “É o que os meus votos permitem”, disse. No entanto, afirmou, o DEM tem condições de ter candidato próprio a presidente. Ele frisou que o prefeito de São Paulo, João Doria, é uma opção do PSDB. “Nós não vamos brigar pelo PSDB”, garantiu.
Maia abordou o inquérito no STF em que é investigado por suposto recebimento de dinheiro de caixa 2. “Não recebi dinheiro de caixa 2, sou investigado e sei que o processo será arquivado”, declarou. Sobre o ex-presidente Lula, Maia disse que, pela Lei da Ficha Limpa, ele não deveria ser candidato, mas que a Justiça é quem decidirá em eventual decisão de segunda instância (AE).