Pretos ou pardos são 63,7% dos desocupados no país
Entre os 13 milhões de desocupados no país no terceiro trimestre, 63,7% eram pretos ou pardos
Os dados constam da Pnad Contínua divulgados na sexta-feira (17) e equivalem a 8,3 milhões de pretos ou pardos sem ocupação. A taxa de desocupação ficou em 14,6%, enquanto a de trabalhadores brancos totalizou 9,9%. Para o total de trabalhadores brasileiros, o índice fechou o terceiro trimestre em 23,9%. Entre a população de pretos ou pardos, a taxa saltou para 28,3%, enquanto entre os brancos ela ficou em 18,5%. Do total de 26,8 milhões de subutilizados, 65,8%, eram pessoas pretas ou pardas. No terceiro trimestre de 2017, as pessoas pretas ou pardas representavam 54,9% do total da população brasileira de 14 anos ou mais e eram 53% dos trabalhadores ocupados. No recorte racial, 52,3% dos pretos ou pardos estavam ocupados, enquanto 56,5% dos brancos se encontravam na mesma situação. O rendimento dos trabalhadores brancos foi de R$2.757 no período e o de trabalhadores pretos e pardos, de R$1.531. Em relação ao percentual de empregados do setor privado com carteira assinada, o dado de pretos ou pardos chegava a 71,3%, mais baixo do que o observado para o total do setor (75,3%). Dos 23,2 milhões de empregados pretos ou pardos do setor privado, somente 16,6 milhões tinham carteira de trabalho assinada. Na distribuição da população ocupada por grupo de atividades, a participação dos pretos e pardos era superior à dos brancos na agropecuária, na construção, em alojamento e alimentação e, principalmente, nos serviços domésticos, categoria em que eles representam 66% do contingente total. No Brasil, somente 33% dos empregadores eram pretos ou pardos. Já entre os trabalhadores por conta própria, essa população representava 55,1% do total. Mais de um milhão de trabalhadores pretos ou pardos atuavam como ambulantes, totalizando 66,7% dos trabalhadores deste tipo de ocupação. Na avaliação do coordenador de trabalho e rendimento do IBGE, Cimar Azeredo, indicadores como esses revelam o tamanho da desigual do mercado de trabalho no país. “Entre os diversos fatores estão a falta de experiência, de escolarização e de formação de grande parte da população de cor preta ou parda”. Para ele, esses números são resultados de um processo histórico, que vem desde a época da colonização. “Claro que se avançou muito, mais ainda tem que se avançar bastante, no sentido de dar a população de cor preta ou parda igualdade em relação ao que temos hoje na população de cor branca”, destaca (ABr). |
Morre Totò Riina, chefão histórico da máfia Cosa NostraFaleceu na madrugada da última sexta-feira (17), aos 87 anos, o histórico “boss” da máfia Cosa Nostra, Salvatore Totò Riina, condenado a 26 sentenças de prisão perpétua por conta de inúmeros homicídios. Riina, que completou 87 anos um dia antes de sua morte, estava internado na repartição para detentos do hospital de Parma e havia passado por duas cirurgias nas últimas semanas. Depois da última operação, ele entrou em coma. Apesar de estar na cadeia desde 1993 e dos avançados problemas de saúde, o “mais sanguinário” dos mafiosos italianos ainda era considerado o chefe da Cosa Nostra. Seu grupo perdeu força para outras novas organizações do tipo, mas nunca deixou de fato de existir. Os advogados de defesa até tentaram, sem sucesso, retirá-lo da cadeia para ter uma “morte digna” entre seus familiares, mas a Justiça sempre negou os pedidos por considerar ele ainda uma “mente perigosa”. Entre os assassinatos liderados por ele, estão as mortes dos juízes Giovanni Falcone e Paolo Borsellino. Os dois, sendo o primeiro mais conhecido pela operação “Mãos Limpas”, eram duros contra os grupos mafiosos e morreram em dois ataques terroristas no início da década de 1990. Apesar da morte, ambos são considerados fundamentais pelo quase desaparecimento da Cosa Nostra. Riina comandou o clã dos Corleone entre os anos de 1982 e 1993, instaurando um período de terror na Sicília. E, mesmo há décadas na prisão, nunca demonstrou nenhum arrependimento por seus crimes – inclusive, vangloriava-se deles na prisão. Em uma interceptação gravada pela polícia em fevereiro deste ano, ele afirmara à sua esposa que seria “sempre Totò Riina, mesmo que tenha que cumprir três mil anos de prisão” (ANSA). Rota turística pela BasilicataAs cidades da Basilicata, no sul da Itália, criaram uma rota turística que cruza a região do norte ao sul e foi batizada de “Caminho das Maravilhas”. O projeto foi desenvolvido junto com o Ministério dos Bens Culturais italiano para promover o turismo em pequenas cidades da Basilicata. O percurso começa nos arredores do Monte Vulture, e termina na pequena cidade de Lagonegro, no sul de Basilicata. A rota passará por 43 municípios da região italiana. O trajeto, de cerca de 200 km, poderá ser feito a pé, a cavalo ou por bicicleta. Ao longo da rota, os turistas visitarão sítios arqueológicos, aldeias e museus. “A rota histórico-cultural, que serve de conector entre as cidades, é o trajeto da antiga Via Herculea, onde podem ser encontradas raízes da história e testemunhos de relevância europeia”, disse a organização do projeto. Com 131 cidades, a região da Basilicata possui pouco mais de 570 mil habitantes e sua capital é Potenza (ANSA). Opositor de Maduro foge para a ColômbiaO ex-prefeito de Caracas, e um dos maiores opositores do presidente Nicolás Maduro, Antonio Ledezma, fugiu para a Colômbia, confirmou na sexta-feira (17) o departamento de Migrações. “Na manhã do dia de hoje, entrou no país, proveniente da Venezuela, o senhor Antonio Ledezma, ex-prefeito do distrito metropolitano de Caracas até 2015”, informou a Migração colombiana em comunicado. O político cumpria regime de prisão domiciliar desde 2015, por motivos de saúde, sob a acusação de conspiração contra o governo e instigação da violência em protestos contra o presidente. Ele foi condenado a 26 anos de prisão pelos “crimes” no dia 19 de fevereiro de 2015, mas não passou por nenhum julgamento formal. Ledezma, 62 anos, é um dos fundadores do partido Alianza Bravo Puevo (ABP) e é considerado, pela comunidade internacional, como um “preso político” de Caracas. No ano passado, ele foi retirado de sua casa por oficiais venezuelanos por um suposto “plano de fuga” encontrado em seus documentos. Recentemente, chegou a ser retirado a força de sua casa por agentes de Maduro e passou algumas horas na cadeia novamente. A mídia venezuelana já ventilava a possibilidade de fuga, que teria ocorrido durante a madrugada, e dá conta que ele deve seguir para algum país europeu (ANSA). | Começa a segunda etapa de pagamento do PIS-Pasep a idososOs aposentados com valores nas contas do PIS-Pasep na Caixa e no Banco do Brasil já podem sacar. É a segunda etapa do calendário de pagamento, divulgado em setembro por esses bancos. Na última terça-feira (14), 417 mil aposentados, correntistas do BB e da Caixa, foram beneficiados com o crédito em conta, representando pagamentos no valor de R$ 446 milhões. Os pagamentos começaram em outubro. Na primeira fase, homens e mulheres com mais de 70 anos foram beneficiados. Para aqueles que ainda não sacaram, não há data limite para retirar o dinheiro, os recursos continuarão no fundo à disposição dos correntistas. Até quarta-feira (15), R$ 764 milhões já haviam sido pagos, beneficiando 693 mil pessoas. Mais de R$ 9 bilhões, pertencentes a cotistas com mais de 70 anos – ou seus herdeiros, em caso de falecimento – continuam à disposição. Os bancos lembram que se a pessoa não puder comparecer à agência, por motivo de saúde por exemplo, o saque poderá ser feito por procuração. Os cotistas do Pis-Pasep que têm contas na Caixa e no BB, mas que não receberam o crédito automático, devem procurar as agências para atualizar os cadastros. A falta do CPF, por exemplo, impede o depósito automático. Regularizando os dados cadastrais, o saque pode ser feito. Maiores informações podem ser obtidas nos sites da Caixa e do BB ou pelos tels. 0800 726 0207 (Caixa/Pis), 0800 729 0001 e 4004-0001 (BB/Pasep) (ABr). Iraque reconquista útimo reduto do EI no paísAs forças do governo do Iraque e as milícias pró-iranianas aliadas conquistaram o último reduto do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) no país, anunciou o governo iraquiano na sexta-feira (17). De acordo com o anúncio, a cidade de Rawa, na região ocidental de Anbar, era a última localidade no país que contava com um governo dos jihadistas. Agora, os prédios públicos já estão com as bandeiras iraquianas hasteadas. “Desde a formação da coalizão internacional em 2014, o Isis perdeu 95% de seu território que controlava na Síria e no Iraque”, disse o enviado de Washington para a coalizão, Brett McGurk. De acordo com o representante de Donald Trump, “mais de 7,5 milhões de pessoas foram libertadas” das mãos dos extremistas em uma área equivalente ao tamanho da Grã-Bretanha (ANSA). |