Instituto Biológico festeja 90 anos de pesquisas para o agronegócio
O Instituto Biológico (IB) completou ontem (6) 90 anos de atividades. Criado para desenvolver e transferir conhecimento científico e tecnológico para o agronegócio, ele é uma referência no país nas áreas de sanidade animal e vegetal
A ideia de se criar um instituto tecnológico e de pesquisa, destinado ao desenvolvimento das áreas de sanidade animal e vegetal, surgiu pela necessidade inicial de tratar o café. Em 1924, uma praga chamada broca, que perfurava as cerejas do café, apareceu nos cafezais paulistas. Para combatê-la, foi criada uma comissão – formada por pesquisadores e chefiada por Arthur Neiva, Ângelo da Costa Lima e Edmundo Navarro. “O Instituto Biológico tem papel fundamental na realização de diagnósticos que mostram que os produtos brasileiros estão livres de contaminação e podem ser exportados”, disse Antonio Batista Filho, pesquisador e diretor-geral do IB. A instituição mantém laboratórios e unidades de pesquisa em São Paulo, Campinas, Bastos e Descalvado. As unidades laboratoriais realizam 40 tipos de ensaios para pragas e doenças em animais e plantas e uma média de 585 diagnósticos por dia nas áreas de sanidade animal e vegetal. Ao longo de todo o ano passado, foram mais de 200 mil diagnósticos. “Esses diagnósticos constituem uma ferramenta básica para ações dos órgãos de defesa estadual e federal, com vistas a evitar a entrada ou circulação de pragas e doenças dentro do país”, disse Batista Filho. Já na área de pesquisa, o Instituto Biológico desenvolve, por exemplo, trabalhos de controle biológico da cana-de-açúcar, da soja e de seringueiras. Há na entidade 137 projetos de pesquisa em andamento nas áreas de sanidade animal e vegetal, pragas urbanas e monitoramento de resíduos de agroquímicos. No caso da cana-de-açúcar, por exemplo, o trabalho de controle da cigarrinha gerou uma economia de R$ 60 milhões para o setor. O Instituto Biológico mantém ainda o Planeta Inseto, o único zoológico de insetos do país, que tem o objetivo de mostrar a importância dos insetos no nosso cotidiano. A instituição mantém também um cafezal urbano, na região da Vila Mariana, de cerca de 10 mil m², com dois mil pés de café do tipo arábica. O cafezal faz parte do projeto Ciclos Econômicos Agrícolas, que mostra a importância econômica do ciclo do café, do pau-brasil, da seringueira e da cana-de-açúcar (ABr). |
Militares de outros países chegaram para exercício de simulação no AMTropas militares de outros países chegaram para participar do exercício militar de simulação de atendimento humanitário na selva amazônica, o AmazonLog 17, que começou ontem (6) e vai até o dia 13, em Tabatinga (AM), na tríplice fronteira com a Colômbia e Peru. No total, devem participar da simulação cerca de 2 mil pessoas, dos quais, cerca de 500 são estrangeiras. Além de militares do Brasil (cerca de 1.550), Colômbia (150), Peru (120) e Estados Unidos (30). Observadores de mais de 20 países devem acompanhar as ações, entre eles Alemanha, Argentina, Chile, Equador, México, França, Reino Unido, Espanha, Rússia e Venezuela. O objetivo do exercício é criar diretrizes para socorro a vítimas em caso de catástrofes na região da tríplice fronteira amazônica. Serão realizadas simulações atendimento a vítimas de incêndios florestais, terremotos, secas, enchentes, acidentes com embarcações e também de medidas humanitárias para casos de grande contingente de deslocamentos humanos, como no caso de refugiados. As simulações envolvem o uso de 13 helicópteros, 11 aviões, além de diversas embarcações para as ações de simulação de acidentes. Também serão realizados atendimentos de saúde para a população ribeirinha e comunidades indígenas do Brasil e dos países vizinhos. Alguns dos exercícios contarão com a participação de “figurantes”. Uma base militar multinacional foi montada para dar suporte a militares e socorro emergencial às “vítimas”. O chefe do Estado-Maior Combinado da AmazonLog17, general de brigada Antonio Manoel de Barros, disse que a escolha da região se deve ao seu caráter estratégico e pelo desafio de se levar uma estrutura de apoio em uma região cujo acesso só ocorre por meio aéreo ou de barco. “As pessoas sabem das dificuldades da região Amazônica e da nossa fronteira e o Exército tem uma grande preocupação com a presença do Estado brasileiro na região”, disse. Itália escolhe ano de 2019 para o ‘slow tourism’O ministro da Cultura e do Turismo da Itália, Dario Franceschini, anunciou que 2019 será o ano do “slow tourism” (turismo lento, em português) no país. Considerado uma “filosofia”, o turismo lento é um tipo de viagem mais tranquilo, sem pressa para conhecer diversas atrações no mesmo dia. Para os turistas acharem locais na Itália para realizarem o slow tourism, foi criado um mapa com as principais atrações. “Mais e mais pessoas saem em uma viagem à procura de algo mais do que apenas férias. O mapa foi projetado para os turistas que desejam ter uma experiência autêntica em nosso país, mergulhando lentamente na herança da arte, boa comida, paisagem e espiritualidade, que são o caráter original e a essência da Itália”, explicou Franceschini. Ainda de acordo com o ministro, o slow tourism é uma “filosofia” e a Itália poderá ser “o modelo, coração e o guia para o desenvolvimento deste tipo de turismo”. Na Itália, 2017 foi o ano nacional das aldeias. Já 2018 será o ano da comida italiana (ANSA). Copa do Mundo de TiramisùUma receita clássica com de biscoito, café e cacau venceu o 1ª Campeonato Mundial de Tiramisù, realizado na cidade de Treviso, na Itália. O vencedor foi o confeiteiro Andrea Ciccolella, da cidade de Feltre, na região norte da Itália. O doce preparado por Ciccolella seguiu a receita tradicional, que leva biscoitos, queijo mascarpone, açúcar, café e cacau. A competição foi disputada nos dias 4 e 5 de novembro, na cidade natal do tiramisù, Treviso, na região do Vêneto. A primeira edição da “Copa do Mundo do Tiramisù” reuniu mais de 720 participantes de todo o mundo (ANSA). | ONU se reúne para manter Acordo sobre ClimaComeçou ontem (6), na cidade alemã de Bonn, a 23ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP23), que buscará manter os compromissos sobre o clima assinados por quase todos os países do mundo. Mesmo com a retirada da assinatura do Acordo de Paris pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é esperado que os norte-americanos se comprometam com parte dos debates. Nas conversas, que a partir do dia 15 reunirão ministros de alto nível, serão analisadas as maneiras sobre como serão aplicadas as diretrizes do Acordo – que completa um ano em vigor neste mês – e haverá debates relacionados às questões financeiras, como o fundo de ajuda para países pobres e em desenvolvimento. A ideia, segundo a ONU, é que tudo fique bem alinhado agora e entre em vigor plenamente até a próxima edição do encontro, a COP 24. Ao todo, representantes de 190 países confirmaram presença no evento, que segue até o dia 17. A reunião ocorre em um momento em que houve a divulgação que a emissão do dióxido de carbono (CO2) em 2016 bateu o recorde dos últimos 800 mil anos. Além disso, uma série de estudos apontam que os últimos anos foram os mais quentes da história do planeta. O Acordo de Paris, assinado em 2015 durante a COP21, cria uma série de metas a serem cumpridas por todas as nações para a redução da emissão de gases poluentes, com investimentos em energias renováveis e na ajuda a países que não tem condições financeiras de cumprir as metas (ANSA). MEC vai apoiar formação de professores para educação de surdosO ministro da Educação, Mendonça Filho, disse ontem (6), na TV NBR, que o Ministério da Educação (MEC) busca a ampliar acessibilidade e políticas de afirmação de surdos. Segundo ele, está incluído na proposta da Base Nacional Comum Curricular, a formação adequada de professores, “para que a gente possa ter uma política pública cada vez mais inclusiva, respeitando a condição específica dos surdos ou daqueles que têm deficiência auditiva no nosso país”. Mendonça Filho comentou o tema da redação do Enem deste ano: Desafios para a Formação Educacional de Surdos no Brasil. Segundo o ministro, o Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines), no Rio de Janeiro, é quem subsidia as políticas públicas para surdos no âmbito do MEC e apoia a sua implementação pelas esferas subnacionais de governo. “Na ponta, quem tem a responsabilidade direta por essas políticas públicas são os estados e municípios. Cabe ao MEC induzir e apoiar politicas nacionais de inclusão geral e específicas”. Além de atender em torno de 600 alunos, da educação infantil ao ensino médio, o instituto também forma profissionais surdos e ouvintes no Curso Bilíngue de Pedagogia. Para Mendonça Filho, a língua brasileira de sinais (Libras) precisa ser cada vez mais incorporada na política educacional brasileira. Por isso, desde 2013, em parceria com a Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), o Ines disponibiliza conteúdo audiovisual acessível ao público surdo e aulas de Libras, por meio da TV INES (ABr). |